«Oposição popular será fortíssima»
O Governo propõe-se criar portagens para entrar em Lisboa e a CML parece estar de acordo, usando como exemplo o que é feito em Londres. O PCP considera errada a comparação e discorda da medida.
O PCP vai incitar à revolta de todos contra a introdução de portagens
A ideia – lançada «para o ar» pelo Governo e que recebeu a concordância do Governo – de cobrar portagens para quem queira entrar em Lisboa tem a discordância dos comunistas da capital. Mas os comunistas acreditam que a ideia de introduzir um novo imposto «há-de seguramente provocar tamanha reacção popular negativa que vai morrer na praia». Por o que consideram «muito menos» do que isto, houve a luta da ponte 25 de Abril, nos anos finais do cavaquismo.
Para o PCP, os argumentos invocados – redução do consumo de combustíveis e a contribuição para a melhoria do ambiente – e a comparação com o que se fez em Londres não colhem. E questionam: «Faz algum sentido comparar Lisboa com Londres em matéria de transportes públicos ou de poder de compra?» Aliás, lembra o PCP, em matéria de opções tudo passa por uma política «muito mais activa» de estacionamento e pela melhoria dos transportes públicos.
As «preocupações ambientais» do presidente da Câmara de Lisboa são tais que ele afirma concordar com a medida desde que as verbas resultantes das portagens revertessem para a cidade, denuncia o PCP. Para os comunistas da cidade de Lisboa, «estes factos configuram uma forma grave e errada de ver a política, as competências do governo e das autarquias e, pior ainda, configuram a hipótese de se estar a lançar a poeira para o ar “para ver se pega”, como diz o povo. Ou seja, conforme as reacções».
Além disto, o PCP alerta para o que considera uma «política de sanguessuga», por parte do Governo e da autarquia. Já este ano, decidiu-se a taxação das antigas SCUT’s – mesmo onde não há qualquer alternativa –, aumentou-se os transportes públicos, passou a cobrar-se a entrada no Castelo de S. Jorge, chegou-se a pensar em taxar a entrada nos bairros históricos… «O bolso do cidadão parece não ter fundo na cabeça desta gente», afirma o PCP.
«Precisam de verbas?»
Para os comunistas, a questão dos transportes públicos é uma questão central quando se fala de acessibilidades ou de portagens. E falando de transportes, «vem sempre à baila a questão central: os actuais modelos quer de carreiras quer de comboios e metro estão em parte ultrapassados, são pouco confortáveis , estão mal articulados entre si, não são operacionais para dar resposta cabal à diversidade das necessidades». Mas, além disso, as coroas dos passes não estão adaptadas às necessidades e devem ser alargadas, defendem os comunistas.
Mas todas estas medidas necessárias devem ser cobertas com as verbas do Orçamento de Estado, afirma o PCP. Não faz sentido, prossegue, que os cidadãos que já pagam impostos elevados tenham que pagar novo imposto por cada serviço ou objectivo. «Precisam de verbas: Então, que os governantes poupem nos submarinos e em despesas militares sem utilidade nem necessidade. Não isentem a banca de milhões de euros de impostos», destacam os comunistas da cidade de Lisboa.
Da parte do PCP, esta medida, a ir para a frente, terá a sua firme oposição. E, mais, os comunistas prometem «incitar todos à revolta» contra esta proposta.
Para o PCP, os argumentos invocados – redução do consumo de combustíveis e a contribuição para a melhoria do ambiente – e a comparação com o que se fez em Londres não colhem. E questionam: «Faz algum sentido comparar Lisboa com Londres em matéria de transportes públicos ou de poder de compra?» Aliás, lembra o PCP, em matéria de opções tudo passa por uma política «muito mais activa» de estacionamento e pela melhoria dos transportes públicos.
As «preocupações ambientais» do presidente da Câmara de Lisboa são tais que ele afirma concordar com a medida desde que as verbas resultantes das portagens revertessem para a cidade, denuncia o PCP. Para os comunistas da cidade de Lisboa, «estes factos configuram uma forma grave e errada de ver a política, as competências do governo e das autarquias e, pior ainda, configuram a hipótese de se estar a lançar a poeira para o ar “para ver se pega”, como diz o povo. Ou seja, conforme as reacções».
Além disto, o PCP alerta para o que considera uma «política de sanguessuga», por parte do Governo e da autarquia. Já este ano, decidiu-se a taxação das antigas SCUT’s – mesmo onde não há qualquer alternativa –, aumentou-se os transportes públicos, passou a cobrar-se a entrada no Castelo de S. Jorge, chegou-se a pensar em taxar a entrada nos bairros históricos… «O bolso do cidadão parece não ter fundo na cabeça desta gente», afirma o PCP.
«Precisam de verbas?»
Para os comunistas, a questão dos transportes públicos é uma questão central quando se fala de acessibilidades ou de portagens. E falando de transportes, «vem sempre à baila a questão central: os actuais modelos quer de carreiras quer de comboios e metro estão em parte ultrapassados, são pouco confortáveis , estão mal articulados entre si, não são operacionais para dar resposta cabal à diversidade das necessidades». Mas, além disso, as coroas dos passes não estão adaptadas às necessidades e devem ser alargadas, defendem os comunistas.
Mas todas estas medidas necessárias devem ser cobertas com as verbas do Orçamento de Estado, afirma o PCP. Não faz sentido, prossegue, que os cidadãos que já pagam impostos elevados tenham que pagar novo imposto por cada serviço ou objectivo. «Precisam de verbas: Então, que os governantes poupem nos submarinos e em despesas militares sem utilidade nem necessidade. Não isentem a banca de milhões de euros de impostos», destacam os comunistas da cidade de Lisboa.
Da parte do PCP, esta medida, a ir para a frente, terá a sua firme oposição. E, mais, os comunistas prometem «incitar todos à revolta» contra esta proposta.