As sequelas do Katrina
Depois da passagem do furacão Katrina e da destruição da cidade de Nova Orleães, no Louisiana, Bush enfrenta acusações de negligência na prevenção e socorro à catástrofe.
«Mais de metade dos norte-americanos considera desastrosa a actuação de Bush»
Nem as visitas presidenciais, nem os muitos milhões de dólares disponibilizados para o combate à catástrofe disfarçam as críticas dos norte-americanos à forma como Washington está a conduzir o processo. Para além de negligência na prevenção do fenómeno e no posterior auxílio às vítimas, as acusações são de discriminação racial, uma vez que se sucedem os relatos de abuso da força contra a martirizada população de Nova Orleães, na sua maioria afro-americanos pobres.
Sondagens recentes indicam que mais de metade dos norte-americanos considera desastrosa a actuação de Bush. O presidente atingiu, esta semana, o índice de popularidade mais baixo desde que foi eleito para o cargo, em 2001.
Entretanto, o responsável pela Agência Federal de Gestão de Emergências, Michael Brown, apresentou a sua demissão na sequência das acusações de incompetência que lhe foram dirigidas. Brown foi, juntamente com outros membros da instituição, indicado pela imprensa como um dos amigos que Bush nomeou para a administração pública pelo simples facto de o terem apoiado na última campanha eleitoral.
A cobiça dos despojos
Muito embora os meios de comunicação social não tenham total liberdade para circular nas zonas afectadas, dia após dia vão sendo revelados novos dados sobre o que se passa em Nova Orleães. No fim-de-semana, foram encontrados 45 cadáveres num hospital da cidade. As autoridades não sabem explicar se os mesmos são pessoal médico, vítimas do Katrina ou da repressão que se abateu sobre os «indigentes» de Nova Orleães - como os apelidou a mãe do presidente, Bárbara Bush - mas vão adiantando que o número de vítimas pode, afinal, ser inferior ao inicialmente previsto.
Especulações à parte, o facto é que já seguiram para a região 25 mil sacos para cadáveres, sinal de que os primeiros abastecimentos começam a chegar à cidade.
Os despojos do furacão e os contractos de reconstrução são, aliás, outro dos pomos da discórdia, tendo já sido confirmado que uma filial da Halliburton garantiu um dos primeiros contractos de reconstrução. A empresa, com larga experiência acumulada no Iraque ocupado, teve como administrador, entre 1995 e 2000, Dick Cheney, o actual vice-presidente de Bush.
Sondagens recentes indicam que mais de metade dos norte-americanos considera desastrosa a actuação de Bush. O presidente atingiu, esta semana, o índice de popularidade mais baixo desde que foi eleito para o cargo, em 2001.
Entretanto, o responsável pela Agência Federal de Gestão de Emergências, Michael Brown, apresentou a sua demissão na sequência das acusações de incompetência que lhe foram dirigidas. Brown foi, juntamente com outros membros da instituição, indicado pela imprensa como um dos amigos que Bush nomeou para a administração pública pelo simples facto de o terem apoiado na última campanha eleitoral.
A cobiça dos despojos
Muito embora os meios de comunicação social não tenham total liberdade para circular nas zonas afectadas, dia após dia vão sendo revelados novos dados sobre o que se passa em Nova Orleães. No fim-de-semana, foram encontrados 45 cadáveres num hospital da cidade. As autoridades não sabem explicar se os mesmos são pessoal médico, vítimas do Katrina ou da repressão que se abateu sobre os «indigentes» de Nova Orleães - como os apelidou a mãe do presidente, Bárbara Bush - mas vão adiantando que o número de vítimas pode, afinal, ser inferior ao inicialmente previsto.
Especulações à parte, o facto é que já seguiram para a região 25 mil sacos para cadáveres, sinal de que os primeiros abastecimentos começam a chegar à cidade.
Os despojos do furacão e os contractos de reconstrução são, aliás, outro dos pomos da discórdia, tendo já sido confirmado que uma filial da Halliburton garantiu um dos primeiros contractos de reconstrução. A empresa, com larga experiência acumulada no Iraque ocupado, teve como administrador, entre 1995 e 2000, Dick Cheney, o actual vice-presidente de Bush.