Distrito de Bragança

Saúde em risco

A ofensiva do Governo contra o Serviço Nacional de Saúde faz-se sentir no distrito de Bragança. O PCP está na vanguarda da luta em defesa deste direito constitucional.

Não há razão para encerrar o Hospital de Macedo de Cavaleiros

O PCP é contra os «propósitos mais ou menos encapotados do Governo PS em destruir o Serviço Nacional de Saúde no distrito» de Bragança. O Grupo Parlamentar do Partido já questionou o Governo sobre o encerramento dos serviços de cirurgia do Hospital de Macedo de Cavaleiros mas até hoje não recebeu ainda qualquer resposta.
Afirmando-se contra o encerramento destes serviços, bem como das urgências, o eleito comunista na Assembleia Municipal de Macedo de Cavaleiros, Adalberto Fernandes, afirmou que o fecho destes serviços constitui «um primeiro passo» para o encerramento do Hospital daquele concelho. Já no ano 2000, recorda, o governo do PS, então encabeçado por António Guterres, manifestou a intenção de encerrar o hospital.
«Agora, o que nos propõem é mais do mesmo, com a novidade de pretenderem transformar o hospital de Macedo em lar da terceira idade», denunciou. No hospital trabalham actualmente 19 médicos, 84 enfermeiros, 24 técnicos de diagnóstico e terapêutica, 4 técnicos superiores de saúde, 33 administrativos, 40 auxiliares de acção médica, entre outros.
Adalberto Fernandes destacou os recentes investimentos feitos naquela instituição hospitalar e consideram que «não há razão nenhuma» para que seja encerrado. Ao abranger uma população numerosa e dispersa e por se encontrar situado num concelho central face à «imensa dispersão do Nordeste Transmontano», o Hospital de Macedo de Cavaleiros deve ser um «factor determinante no reordenamento e rentabilização dos serviços de saúde do distrito, por forma a que todos os cidadãos tenham serviços públicos de saúde de qualidade, independentemente do sítio onde nascem, onde vivem e trabalham, tal como consagra o direito constitucional». Para o PCP, o lucro não é um critério válido quando o assunto é o Serviço Nacional de Saúde.

Recuo em Bragança

Em Bragança, o conselho de administração do Centro Hospitalar do Nordeste recuou e manifestou já a sua disponibilidade para receber uma delegação da Assembleia Municipal da cidade. Tal como o Avante! noticiou no passado dia 20, o conselho de administração tinha-se recusado a receber os eleitos, o que levou a Comissão Concelhia do PCP a exigir a sua demissão.
Mas para o PCP, o facto de a administração ter «corrigido a sua desastrosa e infeliz posição» em nada retira a gravidade do comportamento anterior. Os comunistas consideram mesmo que estas atitudes de arrogância e prepotência têm sido igualmente apanágio do ministro da Saúde. Em visita recente ao distrito de Vila Real, o governante afirmou que as medidas de «reestruturação» para a área da saúde, «nunca seriam tomadas contra a vontade das forças vivas locais e das autarquias». Para a Comissão Concelhia de Bragança, o ministro foi levado a proferir estas afirmações pela luta das populações. O PCP espera agora que estas palavras tenham correspondência na prática.
A Comissão Concelhia de Bragança do PCP repudia qualquer manobra que «venha a ser cozinhada entre o Governo do PS e a maioria autárquica do PSD que vise prejudicar os serviços de saúde no concelho de Bragança e exige a construção de um novo hospital e a sua manutenção como hospital central.


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