Desnuclearização da península coreana

Maratona negocial conclui acordo

Ao fim de seis dias de intensos contactos diplomáticos, Coreia do Norte, EUA, China, Rússia, Coreia do Sul e Japão assinaram um acordo para pacificação da península coreana.

Pyongyang garantiu a entrega de um milhão de toneladas de fuel óleo

O documento conjunto, apresentado anteontem de manhã em Pequim pelo anfitrião das negociações, o vice-presidente chinês, Wu Dawei, prevê novo encontro entre as partes, agendado com o objectivo de fazer o balanço da execução do plano agora subscrito.
Até ao próximo dia 19, os cinco grupos de trabalho unanimemente constituídos deverão avançar em áreas específicas como a normalização das relações entre a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), os EUA e o Japão; a cooperação económica e energética; a paz e segurança na região do Nordeste asiático e a desnuclearização de toda a zona abrangida pela península coreana.
No que a contrapartidas resultantes da assinatura do acordo diz respeito, o governo de Pyongyang garantiu a entrega de um milhão de toneladas de fuel óleo - 50 mil dos quais deverão começar a chegar com carácter de urgência até meados de Março – e igual medida de energia eléctrica.
Os EUA, por sua parte, comprometem-se em retirar a RPD da Coreia da lista de países considerados «patrocinadores do terrorismo», onde ainda constam, entre outros, o Irão e a Síria. O embargo económico e financeiro de Washington contra a Coreia do Norte também vai terminar, medida que permite que o executivo liderado por Kim Jong Il restabeleça as relações comerciais com empresas norte-americanas e desbloqueie milhares de dólares retidos por ordem da Casa Branca em agências bancárias internacionais.
Já os norte-coreanos asseguram que, no prazo máximo de 60 dias, encerrarão as portas da central nuclear de Yongbyon, a Norte da capital, e no mesmo período permitirão a entrada no seu território dos inspectores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).


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