«O Governo deve iniciar imediatamente um processo participado que vise procurar alternativas e soluções para um problema que não pode, de forma alguma, prolongar-se, hipotecando o bem estar das gerações futuras e afectando, irremediavelmente, um dos mais importantes patrimónios naturais da humanidade» lê-se no documento aprovado, na passada semana, pela maioria CDU e pelo PSD, com os votos contra do PS.
«É evidente que chegou a hora de iniciar esta discussão com toda a seriedade, colocando em cima da mesa a possibilidade de a Secil começar, progressivamente, a cessar a sua actividade num horizonte temporal aceitável», acrescenta a moção, que foi enviada ao Presidente da República, Presidente da Assembleia República e Grupos Parlamentares, primeiro-ministro e ministro do Ambiente.
Para a autarquia, a decisão do Governo de permitir o aumento da cota de exploração de pedreiras em profundidade, de 60 para 120 metros, vai prolongar a permanência da cimenteira no Parque Natural da Arrábida até 2044, contrariando as posições assumidas pelas populações locais e seus representantes.