Será no meio de uma conturbada dupla crise na União Europeia que se realizarão já no próximo mês de Junho as Eleições para o Parlamento Europeu. Além da grande importância que esta batalha eleitoral terá para o nosso País - tendo em conta a situação nacional e o ciclo eleitoral de 2009 - elas serão também um importante momento da luta política e ideológica em torno de grandes questões da situação internacional.
Dando expressão ao trabalho colectivo que os dois deputados do PCP desenvolvem no Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo visitou, no sábado, o distrito de Setúbal. Um trabalho ímpar, útil para o País, para os trabalhadores e para a generalidade dos portugueses.
Na parte da manhã, a deputada comunista percorreu as ruas do Barreiro e participou, em Setúbal, num almoço com sindicalistas. Mais tarde, falou, no Laranjeiro, sobre os problemas da saúde, visitou, no Seixal, uma empresa de recolha e valorização de óleos alimentares usados para transformação em biodiesel e jantou com os micro e pequenos empresários do distrito de Setúbal.
No primeiro debate da campanha «Sim, é possível!», Jerónimo de Sousa saudou a participação de destacadas personalidades não comunistas e salientou que propostas concretas para responder aos problemas do povo e do País, a par do projecto contido na Constituição da República, constituem uma base sólida para a convergência daqueles que, à Esquerda, procuram uma alternativa para o rumo do País.
Na intervenção que encerrou o debate de sexta-feira e da qual publicamos aqui excertos, o secretário-geral do Partido salientou que o combate à crise faz-se contra as causas desta, que radicam nas opções da política de direita, e apontou um conjunto de medidas, «cuja concretização tem de ser sustentada através de fortes movimentos de massas e da ampliação da luta organizada».
Mais de duas centenas de pessoas participaram, sábado, em Lourosa, no concelho de Santa Maria da Feira, no comício do PCP que contou com a presença de Jerónimo de Sousa.
Confrontado com os anúncios do encerramento da Amoníaco Portugal e da possível falência da Continuental Mabor, o PCP exige que o Governo aja na defesa dos postos de trabalho.
A intensa actividade de esclarecimento e mobilização não impede as organizações do Partido de cuidarem do seu reforço. As concelhias de Moura, Vidigueira e Vila Nova de Famalicão realizaram recentemente as suas assembleias.
Por via da reforma do PRACE, o Governo PS pôs mais de dois mil funcionários públicos na «mobilidade especial», para os despedir. Destes, «revoltados e indignados», mais de duzentos protestaram em Lisboa, dia 13, diante do Ministério das Finanças. Como os professores e os enfermeiros, que têm acções nos próximos dias, comprometeram-se a lutar até à reintegração.
«Os tempos que se seguem implicam a continuação e a intensificação da luta dos trabalhadores contra os conteúdos desta revisão do Código do Trabalho», afirma a CGTP-IN, reagindo à publicação oficial da Lei 7/2009.
Os dados do desemprego já se encontram ultrapassados, avisou a CGTP-IN, reclamando do Governo «políticas económicas e sociais que assegurem a manutenção e criação de emprego com direitos».
No Porto, vive-se uma situação social que pode ser considerada como a mais grave desde o 25 de Abril de 1974, e para a qual a estrutura distrital da CGTP-IN exige medidas especiais.
Jerónimo de Sousa acusou o Governo de não estar a adoptar as medidas que se impunham para impedir os despedimentos, cujo aumento classificou de «inquietante».
O PCP desafiou o Governo a fazer marcha-atrás no plano de privatização encapotada da água, invertendo em matéria de recursos hídricos as orientações que o têm norteado, ditadas exclusivamente pela obediência aos interesses dos grandes grupos económicos.
Tal como no Governo, na Câmara de Lisboa (CML), António Costa e Marcos Perestrello gostam de «malhar» no PCP. O que sucedeu na sessão descentralizada da autarquia, na Freguesia dos Olivais, é bem o exemplo desta postura.
A CDU de Peniche analisou a actividade desenvolvida no actual mandato e perspectivou as orientações gerais para as eleições autárquicas, que se realizam este ano.
Os partidos de esquerda da União Europeia decidiram lançar um apelo comum para as eleições para o Parlamento Europeu, que terão lugar no próximo dia 7 de Junho.
As populações das ilhas de Guadalupe e Martinica estão em greve contra a exploração e a discriminação económica e social. A revolta ameaça alastrar a outras regiões ultramarinas francesas.
Milhares de milhões de dólares podem ter sido desviados dos fundos de «reconstrução» do Iraque por altas patentes militares. As autoridades dos EUA estão a investigar o caso.
A recente cerimónia de abertura do Ano Judicial foi bem o espelho do estado actual da justiça no nosso País. Para além do discurso oficial, rotineiro, das dificuldades, do diagnóstico há muito conhecido e da fala do ministro sobre uma realidade virtual onde tudo vai bem, tudo está a mudar para melhor (?) o que é mais preocupante é que, na sua essência, a maioria dos discursos deixou de fora os reais problemas da justiça, em primeiro lugar os problemas com que se defrontam aqueles a quem ela se destina.