Lisboa mais degradada

Os eleitos do PCP na As­sem­bleia Mu­ni­cipal de Lisboa apre­sen­taram, an­te­ontem, uma moção onde se alerta para a «de­gra­dação das con­di­ções de tra­balho» nos ce­mi­té­rios da ci­dade, onde o nú­mero de co­veiros «con­tinua a di­mi­nuir».

No do­cu­mento, os co­mu­nistas, acu­sando o exe­cu­tivo de não dar a res­posta ne­ces­sária a estes «greves pro­blemas», re­cordam que estes tra­ba­lha­dores es­ti­veram em greve, no pas­sado dia 23 de Junho, num pro­testo contra a so­bre­carga fí­sica e psi­co­ló­gica que a falta de pes­soal está a pro­vocar e que também conduz a de­fi­ci­ên­cias graves no con­texto da res­posta às ne­ces­si­dades da po­pu­lação».

«Esta si­tu­ação, a manter-se, po­derá vir a criar con­di­ções para en­tregar os ce­mi­té­rios de Lisboa ao sector pri­vado, com pre­juízos ine­gá­veis para os tra­ba­lha­dores, uma vez que se­riam ex­tintos muitos postos de tra­balho», alertam os eleitos do PCP, que exigem a «aber­tura de pro­ce­di­mento con­cursal de in­gresso à ca­te­goria, para o pre­en­chi­mento das vagas exis­tentes nos mapas de pes­soal e ainda das vagas que se jus­ti­fi­quem abrir na sequência das si­tu­a­ções de apo­sen­tação que se vão ve­ri­fi­cando, de modo a su­prirem-se as ne­ces­si­dades de re­cursos hu­manos nesse ser­viço mu­ni­cipal».

Du­rante os tra­ba­lhos, foi ainda apre­sen­tado um voto de pesar pela morte de José Sa­ra­mago, «per­so­na­li­dade de enorme di­mensão in­te­lec­tual, ar­tís­tica e hu­mana», «re­sis­tente à di­ta­dura fas­cista, com­ba­tendo-a nas fi­leiras do PCP desde 1969» e «cons­trutor de Abril». Neste sen­tido, foi pro­posto à Câ­mara de Lisboa que atribua o nome de José Sa­ra­mago a uma ar­téria da ci­dade.

Os co­mu­nistas, em três ou­tros do­cu­mentos, aler­taram ainda para a es­tra­tégia do Go­verno de des­truição do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, para o agra­va­mento das con­di­ções de vida dos por­tu­gueses, re­sul­tado «da cres­cente fi­nan­cei­ri­zação da eco­nomia» e para a ne­ces­si­dade de «pre­ser­vação do Parque Flo­restal de Mon­santo», que con­tinua a as­sistir a ac­ti­vi­dades que nele estão a pro­vocar im­pactos al­ta­mente pre­ju­di­ciais, no­me­a­da­mente com a pre­pa­ração dos ter­renos e mon­tagem de in­fra­es­tru­turas para a re­a­li­zação do Fes­tival Delta Tejo.

 



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