Moção de censura à Câmara do Montijo

CDU critica chantagem política

Os eleitos co­mu­nistas na As­sem­bleia Mu­ni­cipal do Mon­tijo apre­sen­taram, na pas­sada se­mana, uma moção de cen­sura à pre­si­dente da au­tar­quia, do PS, pelos actos «an­ti­de­mo­crá­ticos de dis­cri­mi­nação, per­se­guição e tei­mosia po­lí­tica» com a Junta de Fre­guesia de Sa­ri­lhos Grandes.

Esta po­sição e ati­tude po­lí­tica é ina­cei­tável em de­mo­cracia

Uma ini­ci­a­tiva po­lí­tica re­jei­tada com os votos contra da ban­cada do PS e a abs­tenção do PSD/​CDS-PP, que com­pac­tuam com a não des­cen­tra­li­zação de com­pe­tên­cias da au­tar­quia para aquela junta de fre­guesia, ao con­trário do que acon­tece com as ou­tras. «Esta po­sição e ati­tude po­lí­tica é ina­cei­tável em de­mo­cracia, in­digna do Por­tugal de Abril. É o prin­cipio de quem não é por mim é contra mim, acres­cido de pressão e chan­tagem po­lí­tica para tentar levar um pre­si­dente de junta a votar a favor de um do­cu­mento [Plano de Ac­ti­vi­dades e Or­ça­mento da Câ­mara Mu­ni­cipal] que não con­corda, com a ameaça de dis­cri­mi­nação e iso­la­mento po­lí­tico», re­fere o do­cu­mento, lem­brando que a Junta de Fre­guesia de Sa­ri­lhos Grandes «con­tinua a re­clamar o di­reito, em igual­dade de cir­cuns­tân­cias com ou­tras juntas de fre­guesia do con­celho, de subs­crever um Pro­to­colo de De­le­gação de Com­pe­tên­cias».

A moção de cen­sura pre­tendia ainda cen­surar o ver­go­nhoso apoio pú­blico da pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal à fa­mi­ge­rada me­dida que o Go­verno pre­tendia exe­cutar de en­cer­ra­mento das ur­gên­cias pe­diá­tricas do Centro Hos­pi­talar Bar­reiro/​Mon­tijo e Se­túbal, pondo em risco a pres­tação de cui­dados mé­dicos às cri­anças do con­celho. «Este exe­cu­tivo, dito so­ci­a­lista, é useiro e ve­zeiro, no se­gui­dismo cego das po­lí­ticas do Go­verno cen­tral, re­ne­gando para se­gundo plano o bem-estar das po­pu­la­ções do Mon­tijo», acu­saram os co­mu­nistas.

Os eleitos do PCP apre­sen­taram, de igual forma, uma pro­posta, que teve a mesma vo­tação da moção de cen­sura, de cri­ação de um grupo de tra­balho, com um re­pre­sen­tante de cada ban­cada, para ana­lisar a si­tu­ação da saúde no con­celho, em de­fesa do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, para me­lhor res­ponder aos di­reitos e ne­ces­si­dades da po­pu­lação do con­celho, onde mais de 40 por cento dos utentes ins­critos no centro de saúde não têm mé­dico de fa­mília.



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