MDM contra degradação da vida
Dezenas de mulheres concentraram-se, no dia 1 de Julho, junto da residência oficial do Primeiro-ministro contra o aumento do custo de vida e a degradação da qualidade de vida, e em defesa da participação em igualdade de uma justiça social sem discriminações.
Um protesto organizado pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM) em conjunto com várias mulheres sindicalistas, que coincidiu com o aumento do IVA que, de forma cega, já aumentou todos os bens essenciais, assim como os transportes públicos.
Em declarações ao Avante!, Regina Marques, dirigente do MDM, frisou que «este é um dia negro para a democracia». «Hoje mesmo temos uma tentativa da polícia de não nos deixar aproximar da casa do Primeiro-ministro. Até parece que somos uma força de medo, que vai instalar a insegurança e a instabilidade. É o ostracismo, o autismo, não quer [o Governo] ouvir o clamor da sociedade, das mulheres, dos trabalhadores», lamentou, criticando, entre outras situações, o encerramento de escolas, unidades de saúde e a diminuição das bolsas de estudo, «um conjunto de questões para além do local de trabalho que se vai reflectir no emprego».
Esta iniciativa, adiantou Regina Marques, será mais «um contributo» para a acção nacional da CGTP-IN, que se vai realizar hoje. «Há um conjunto de ideias que circulam na sociedade de que as coisas têm que ser assim, que são inevitáveis. As manifestações de trabalhadores e de mulheres são fundamentais para mostrar na rua que não é assim, que há outros caminhos», referiu a dirigente, acrescentando: «As lutas, maiores ou menores, podem convergir com um fim que é o de transformar a vida das pessoas para melhor».