Portagens terão graves consequências

A Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Porto do PCP re­agiu, no dia 9, ao acordo entre o PS e o PSD para levar por di­ante a in­tro­dução de por­ta­gens nas SCUT. Com esta con­ver­gência, acusam os co­mu­nistas, ficou «uma vez mais evi­dente a cum­pli­ci­dade entre PS e PSD nas ques­tões de fundo».

A vi­a­bi­li­zação de uma me­dida que «ig­nora por com­pleto a falta de al­ter­na­tivas às SCUT e o facto de os in­di­ca­dores so­ci­o­e­co­nó­micos dos dis­tritos abran­gidos serem pi­ores do que a média na­ci­onal», de­monstra, se­gundo o PCP, que no PS e PSD o cri­tério que fala mais alto é o da «de­fesa dos in­te­resses dos grandes grupos eco­nó­micos, pe­na­li­zando os tra­ba­lha­dores e as em­presas para assim su­por­tarem as con­sequên­cias da crise criada pelo grande ca­pital». A ins­tau­ração de por­ta­gens nestas vias, prevê o PCP, terá con­sequên­cias so­ciais e eco­nó­micas gra­vosas para os dis­tritos abran­gidos.

No caso do Porto, só no ano de 2009, o nú­mero de fa­lên­cias de em­presas no dis­trito re­pre­sentou 26,3 por cento do total na­ci­onal, ao passo que a taxa de de­sem­prego era, em Abril deste ano, 1,5 por cento su­pe­rior à média na­ci­onal. Também o ín­dice médio de poder de compra é in­fe­rior à média na­ci­onal na mai­oria dos con­ce­lhos do dis­trito. Se isto é assim ana­li­sando o todo do dis­trito, mais grave se torna fo­cando a re­gião do Vale do Sousa e Baixo Tâ­mega, ser­vida pela A41 e A42, uma das sub-re­giões mais po­bres de toda a União Eu­ro­peia.

No dis­trito de San­tarém, no­me­a­da­mente nos con­ce­lhos de Abrantes, Torres Novas e En­tron­ca­mento, o PCP pro­moveu an­te­ontem um con­junto de ac­ções de rua em pro­testo contra a in­tro­dução de por­ta­gens na A23. Também nesta re­gião, os co­mu­nistas con­testam a de­cisão do Go­verno, to­mada com o apoio do PSD.



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