Contratos a prazo na UE

Portugal no topo

Por­tugal é o ter­ceiro país da União Eu­ro­peia (UE), de­pois da Po­lónia e da Es­panha, com a taxa mais alta de tra­ba­lha­dores con­tra­tados a prazo, de acordo com dados do Eu­rostat.

Em Por­tugal um em cada quatro tra­ba­lha­dores é pre­cário

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Se­gundo o ga­bi­nete de es­ta­tís­ticas eu­ropeu, 22 por cento da po­pu­lação por­tu­guesa em­pre­gada está con­tra­tada a prazo, sendo apenas ul­tra­pas­sado pela Po­lónia (26,5 por cento) e pela Es­panha (25,4 por cento).

A média de tra­ba­lha­dores com con­tratos a prazo (com mais de 15 anos) na União Eu­ro­peia é de 13,5 por cento, en­quanto na zona euro é de 15,2 por cento, acres­centa o re­la­tório do Eu­rostat, que se ba­seia em dados de 2009, di­vul­gado no dia 4.

A taxa de em­prego em Por­tugal em 2009 foi de 66,3 por cento, acima da média da UE (64,6 por cento) e da zona euro (de 64,7 por cento). Nos países da UE a taxa de em­prego (pes­soas entre os 15 e os 64 anos) caiu em 2009 para 64,6 por cento contra 65,9 por cento ob­ser­vados em 2008.

O re­la­tório in­dica ainda que a per­cen­tagem de tra­ba­lha­dores a tempo par­cial em Por­tugal é de 8,4 por cento, abaixo da média da UE (18,1 por cento) e da zona euro (19,5 por cento).

A Ho­landa é o país da UE com a maior fatia de tra­ba­lha­dores a tempo par­cial, en­quanto a Bul­gária é onde se en­con­tram menos tra­ba­lha­dores con­tra­tados neste re­gime.

O es­tudo re­vela ainda que a taxa de em­prego dos idosos, com idades com­pre­en­didas entre os 55 e os 64 anos, re­gista o nível mais ele­vado na Suécia (70,0%), se­guindo-se a Es­tónia (60,4%), Di­na­marca et Reino Unido (57,5% cada) bem como a Ale­manha (56,2%). As taxas me­nores ve­ri­ficam-se em Malta (28,1%), Po­lónia (32,3%) e Hun­gria (32,8%). Por­tugal tem uma taxa de em­prego neste es­calão etário de 49,7 por cento, ou seja su­pe­rior à média da UE (46%).

O em­prego fe­mi­nino, que é in­fe­rior em todos os países à taxa ho­mó­loga mas­cu­lina, al­cança os ní­veis mais altos na Di­na­marca, (73,1%), Ho­landa (71,5%), Suécia (70,2%) e Fin­lândia (67,9%) e os mais baixos em Malta (37,7%), Itália (46,4%), Grécia (48,9%) e Hun­gria (49,9%). Em Por­tugal atinge 61,6 por cento, ou seja, acima da média da UE (58,6%).



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