Mobilização contra a NATO
No dia 6 de Outubro realizou-se uma jornada de protesto que marcou o início da última fase de mobilização nacional para a participação na manifestação promovida e organizada pela Campanha «Paz sim! NATO não!», de 20 de Novembro, pelas 15 horas, do Marquês de Pombal aos Restauradores, em Lisboa.
Almada, Lisboa, Porto, Seixal foram algumas das cidades onde se apelou à convergência na dinamização e reforço de um amplo movimento contra a Cimeira da NATO, que vai ter lugar, em Novembro, em Portugal. «Num momento em que se impõem novos e acrescidos sacrifícios aos trabalhadores, gastam-se milhões e milhões de euros com a adaptação das forças armadas portuguesas às exigências da NATO e com o envio de militares portugueses ao serviço das suas agressões a outros povos, como se verifica no Afeganistão», salienta a Campanha, que, amanhã, sexta-feira, às 17.30 horas, vai realizar no Porto, junto à Estação de Metro da Trindade, contactos com a população, uma performance teatral e uma distribuição de jornais.
Denunciar as guerras imperialistas
Na sexta-feira, o Secretariado do Conselho Mundial da Paz, presidido pela brasileira Socorro Gomes, reuniu-se em Bruxelas (Bélgica) para avaliar os últimos acontecimentos no mundo e os mais recentes desafios da luta pela paz.
«É preciso analisar os últimos acontecimentos no mundo e os novos alvos da política dos EUA», sublinhou Socorro Gomes, lembrando que «a paz, hoje, está mais ameaçada do que no final da Guerra Fria».
Recordou, de igual forma, que a NATO «é um instrumento do imperialismo americano» e que apenas foi criada, em 1949, «como instrumento militar de ameaça à União Soviética e aos estados da Europa Oriental, recém libertados do capitalismo, que procuravam trilhar o caminho do socialismo».
Naquele dia, o Secretariado do Conselho Mundial da Paz, do qual faz parte o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), aprovou ainda um apelo contra a realização da Cimeira da NATO em Portugal, onde se apela aos amantes da paz de todo o mundo que lutem e continuem a denunciar «as guerras imperialistas, as ocupações ilegais e a injustiça social».