Cortes cegos
O Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) classificou, na passada semana, de «graves» e «absolutamente injustificáveis» os cortes de carreiras nas ligações fluviais entre o Seixal e Lisboa. A Transtejo eliminou, no início do ano, cinco carreiras com o argumento da necessidade de «reorganização da oferta no período de ponta da manhã face aos dados de procura registados».
Em declarações Lusa, depois de uma reunião com a Câmara Municipal e com a Comissão de Utentes dos Transportes da Margem Sul, a deputada Heloísa Apolónia afirmou que esta é uma situação «grave e absolutamente injustificável».
«A razão óbvia para este corte de carreiras por parte da Transtejo é a determinação do Governo de que as empresas públicas têm que fazer uma redução dos custos em 15 por cento», disse, considerando que «os cortes estão a ser feitos de forma cega».
Para a deputada, este cenário é «insustentável», uma vez que as «pessoas não são números, precisam de se deslocar, precisam que lhes seja assegurado o serviço público de mobilidade, e é para isso que a Transtejo existe».