Iraque e Afeganistão

Imperialistas prosseguem ocupação e crimes

Os EUA podem vir a manter milhares de soldados no Iraque findo o prazo indicado pela Casa Branca para a retirada total das tropas do território. A confirmação foi feita pelo Chefe de Estado Maior Conjunto do Exército, o almirante Michael Mullen, para quem a decisão se justifica pela incapacidade operacional por parte das forças armadas do governo iraquiano.

A hipótese da manutenção de dez mil soldados norte-americanos no Iraque após Janeiro de 2012 – que quebra uma das promessas feitas por Barack Obama –, foi divulgada dias antes de o candidato a novo secretário da Defesa dos EUA, Leon Panetta, realizar uma visita surpresa ao país.

De acordo com relatos publicados por agências, Panetta foi recebido em Bagdad por salvas de morteiros sobre a zona de alta segurança situada na capital iraquiana.

O mês de Junho foi o mais mortífero dos últimos três anos para os ocupantes no Iraque. Pelo menos 14 militares de Washington perderam a vida em ataques atribuídos a grupos armados contrários à presença estrangeira no país.

Paralelamente, no Afeganistão, os imperialistas prosseguem a ocupação, manchada por permanentes atentados perpetrados contra civis. A meio da semana passada, outros 13 afegãos foram vítimas de um bombardeamento da NATO.

Entre os «alvos» do ataque aéreo levado a cabo na província de Khost estavam oito mulheres e quatro crianças. A acção motivou o repúdio popular em mais um protesto contra os crimes imperialistas.

Recentemente um estudo da Universidade de Brown revelou que no total de 257 mil 655 vítimas oficiais das guerras do Iraque e Afeganistão, 174 mil 500 são civis (quase 68 por cento), e «apenas» 50 mil 893 são considerados insurgentes (19,7 por cento).



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