Corrigir a distribuição das receitas dos passes

Como está, favorece os privados

O PCP quer uma «cor­recta dis­tri­buição da re­ceita dos passes so­ciais in­ter­mo­dais e com­bi­nados pelos ope­ra­dores de trans­portes» e apre­sentou um pro­jecto de re­so­lução na As­sem­bleia da Re­pú­blica com esse ob­jec­tivo. Na ex­po­sição de mo­tivos do pro­jecto de re­so­lução, o PCP lembra que o pró­prio Tri­bunal de Contas «já alertou por di­versas vezes para esta ne­ces­si­dade de os go­vernos da Re­pú­blica re­verem a dis­tri­buição das verbas do passe so­cial, já que a ac­tual dis­tri­buição, feita com in­for­mação re­fe­rente a 1989, cla­ra­mente pre­ju­dica as em­presas pú­blicas e fa­vo­rece as pri­vadas».

No caso do Me­tro­po­li­tano de Lisboa, é este tri­bunal a re­co­nhecer que só em 2008 deixou de ar­re­cadar 12 mi­lhões de euros de­vido ao mo­delo de re­par­tição da re­ceita dos passes». Su­cede que – e ainda se­gundo o Tri­bunal de Contas – nas duas dé­cadas que se se­guiram a 1989 o Me­tro­po­li­tano de Lisboa mais do que du­plicou a sua oferta de trans­porte, tendo a sua pro­cura atin­gido, em 2007, cerca de 179,7 mi­lhões de pas­sa­geiros. Mais 42,7 mi­lhões do que em 1989.

No re­la­tório de uma outra au­di­toria re­a­li­zada pelo Tri­bunal de Contas re­co­nhecia que a «re­par­tição da re­ceita com base em dados de há 20 anos, nunca con­tra­riada de­vido à opo­sição dos ope­ra­dores pri­vado cuja ma­nu­tenção se lhes apre­senta mais fa­vo­rável, para além de pre­ju­dicar eco­no­mi­ca­mente a Carris mas so­bre­tudo o Me­tro­po­li­tano de Lisboa, per­mite que estas em­presas pú­blicas te­nham vindo, por este meio, a fi­nan­ciar os ope­ra­dores pri­vados ade­rentes das as­si­na­turas in­ter­mo­dais».

O PCP, que há muito tempo vem aler­tando para esta in­jus­tiça, le­vantou a questão em Abril e em Agosto deste ano na As­sem­bleia da Re­pú­blica – tendo re­ce­bido como res­posta por parte dos go­vernos, de ambas as vezes, um «total e ab­so­luto si­lêncio». A pro­posta de al­terar os cri­té­rios de dis­tri­buição da re­ceita dos passes surge, assim, num mo­mento em que «tanta de­ma­gogia se faz em torno da si­tu­ação fi­nan­ceira das em­presas pú­blicas».



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