Fusão prejudicial

Os co­mu­nistas das fre­gue­sias de São Simão e São Lou­renço de Azeitão, em Se­túbal, estão contra a fusão das duas fre­gue­sias, que tem sido re­cla­mada em abaixo-as­si­nados de pro­ve­ni­ência pouco trans­pa­rente. As duas co­mis­sões de fre­guesia do PCP sa­li­entam ainda que não são apon­tadas ra­zões que jus­ti­fi­quem tal fusão ou apontem qual­quer be­ne­fício para as po­pu­la­ções da exis­tência de apenas uma fre­guesia em Azeitão. Fica assim claro, sa­li­entam, que «o que está por de trás destas mo­vi­men­ta­ções não é a pro­cura de so­lu­ções para os pro­blemas com que as po­pu­la­ções se con­frontam e a me­lhoria das suas con­di­ções de vida, mas tão só as­pi­ra­ções pes­soais e de poder».

Para o PCP, o ca­minho não de­verá ser a di­mi­nuição do nú­mero de fre­gue­sias, até porque os ar­gu­mentos dos que a de­fendem são eco­no­mi­cistas, ao verem os custos da de­mo­cracia «como um des­per­dício e não como um in­ves­ti­mento es­sen­cial para um de­sen­vol­vi­mento equi­li­brado». Esta «re­tó­rica cen­tra­lista» tem tido como re­sul­tados o en­cer­ra­mento cego de es­colas, de ser­viços de saúde, de postos de cor­reio, de forças de se­gu­rança, de li­nhas e ra­mais fer­ro­viá­rios, lem­bram as co­mis­sões de fre­guesia do PCP.

Não vendo van­ta­gens na fusão das fre­gue­sias, os co­mu­nistas per­guntam: con­tri­buirá para uma maior apro­xi­mação dos eleitos às po­pu­la­ções? E para um re­forço das verbas co­lo­cadas à dis­po­sição da au­tar­quia? E para o alar­ga­mento das suas com­pe­tên­cias? A res­posta a todas estas ques­tões é «não», ga­rante o PCP.



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