Comunistas exigem soluções

Solidariedade com quem luta

So­li­da­ri­zando-se com as lutas dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções, o PCP é a sua voz po­lí­tica, trans­por­tando as suas rei­vin­di­ca­ções para os ór­gãos de so­be­rania e exi­gindo so­lu­ções.

O Go­verno não pode as­so­biar para o lado pe­rante os pro­blemas

A or­ga­ni­zação do PCP na Suíça está so­li­dária com os fun­ci­o­ná­rios con­su­lares por­tu­gueses que, como o Avante! no­ti­ciou na se­mana pas­sada, es­ti­veram re­cen­te­mente em greve pa­ra­li­sando os ser­viços. Os co­mu­nistas con­si­deram ser «im­pos­sível viver na Suíça com os baixos sa­lá­rios de que estão ac­tu­al­mente a usu­fruir». Numa nota emi­tida no dia 13, o PCP re­alça que a des­va­lo­ri­zação do euro em re­lação ao franco suíço, o corte de 10 por cento no sa­lário base e a apli­cação de ele­vadas taxas pela en­ti­dade fiscal por­tu­guesa co­locou os ven­ci­mentos dos fun­ci­o­ná­rios «no li­mite da mi­séria».

Para o PCP, esta si­tu­ação, que levou os fun­ci­o­ná­rios con­su­lares a uma greve mais do que le­gí­tima, está a trazer pro­blemas para a res­tante co­mu­ni­dade por­tu­guesa, pri­vada de apoio con­sular. Os co­mu­nistas lem­bram ainda que os pro­fes­sores de por­tu­guês a lec­ci­onar na Suíça estão con­fron­tados com os mesmos pro­blemas, aler­tando para o facto de tal poder pôr em causa a con­ti­nui­dade dos cursos de língua por­tu­guesa a mais de dez mil cri­anças.

Lem­brando que o PSD e o CDS quando es­tavam na opo­sição de­nun­ci­aram estas si­tu­a­ções, o PCP exige destas forças, agora no Go­verno, uma ati­tude com­pa­tível com essa pos­tura antes as­su­mida. Da parte do PCP, foi já so­li­ci­tada uma reu­nião com o em­bai­xador de Por­tugal em Berna com a fi­na­li­dade de exigir a esta en­ti­dade uma clara in­ter­venção junto do Mi­nis­tério dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros para pôr cobro a esta si­tu­ação. Os co­mu­nistas con­si­deram que os fun­ci­o­ná­rios do Es­tado por­tu­guês «têm di­reito a um sa­lário que lhes ga­ranta um nível de vida digno, na Suíça, e a co­mu­ni­dade tem o di­reito de ser as­sis­tida con­ve­ni­en­te­mente».

 

Me­didas con­cretas

 

Num co­mu­ni­cado di­ri­gido aos vi­ti­cul­tores que no pas­sado dia 8 se des­lo­caram a Pal­mela em pro­testo, a Co­missão Con­ce­lhia do PCP ma­ni­festa a sua con­cor­dância com as rei­vin­di­ca­ções então apre­sen­tadas, no­me­a­da­mente com ne­ces­si­dade de o Go­verno tomar me­didas que re­po­nham a ca­pa­ci­dade pro­du­tiva per­dida, ori­gi­nada por pro­blemas cli­má­ticos, pragas e do­enças que afec­taram as vi­nhas nos anos de 2010 e 2011. E que sig­ni­fi­caram, em al­guns casos, a perda total da pro­dução.

Para o PCP, o Go­verno «não pode as­so­biar para o lado e acenar com li­nhas de cré­dito com juros in­com­por­tá­veis que em nada re­solvem o pro­blema dos vi­ti­cul­tores». Pelo con­trário, lembra, apenas servem os in­te­resses da banca, que «con­tinua a ga­nhar mi­lhões com o en­di­vi­da­mento de quem tra­balha e produz ri­queza para o nosso País».

Os co­mu­nistas con­si­deram que ao con­trário do que as troikas na­ci­onal e es­tran­geira pre­tendem impor, o que é pre­ciso é «de­fender a pro­dução na­ci­onal e a me­lhoria das con­di­ções de vida de quem tra­balha». Na opi­nião da Co­missão Con­ce­lhia de Pal­mela do Par­tido, a de­fesa da pro­dução agrí­cola, com preços que ga­rantam a sus­ten­ta­bi­li­dade dos agri­cul­tores e justos aos con­su­mi­dores, a va­lo­ri­zação da qua­li­dade das vi­nhas e do vinho, a de­fesa e o au­mento do apa­relho pro­du­tivo são «al­guns dos eixos fun­da­men­tais de de­fesa da pro­dução na­ci­onal para o com­bate à crise».

No co­mu­ni­cado, os co­mu­nistas in­formam que a de­pu­tada Paula Santos já ques­ti­onou o Go­verno acerca da res­posta às rei­vin­di­ca­ções dos vi­ti­cul­tores de Pal­mela, como aliás se com­pro­me­tera na ma­ni­fes­tação. A Co­missão Con­ce­lhia apela ainda aos agri­cul­tores para que se juntem à ma­ni­fes­tação da CGTP-IN mar­cada para o dia 1 de Ou­tubro.



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