Taxas moderadoras

Governo prepara aumento brutal

O Go­verno «deu mais um passo no sen­tido de impor um au­mento brutal no valor das taxas mo­de­ra­doras na Saúde, con­fir­mando a sua in­tenção de pro­ceder, du­rante o mês de Ou­tubro, a uma re­visão da ta­bela de taxas mo­de­ra­doras que afas­tará mi­lhares de ci­da­dãos do acesso aos cui­dados de Saúde». Numa nota do seu Ga­bi­nete de Im­prensa, emi­tida no dia 29 de Se­tembro, o PCP co­men­tava as de­ci­sões to­madas pelo Go­verno nesse mesmo dia, re­al­çando que, tal como su­cedeu aquando do au­mento do preço dos trans­portes pú­blicos, também agora o exe­cu­tivo PSD/​CDS «pro­cura ma­no­brar, con­fundir e gerir no tempo a con­cre­ti­zação de um ob­jec­tivo que há muito pros­segue: trans­formar o di­reito à Saúde num ne­gócio pri­vado».

Entre ou­tras me­didas, o Go­verno anun­ciou uma al­te­ração nos cri­té­rios de isenção (que em parte fi­carão de­pen­dentes de um ren­di­mento por su­jeito pas­sivo do agre­gado fa­mi­liar in­fe­rior a 1,5 do In­de­xante de Apoios So­ciais), «alar­gando assim o nú­mero de pes­soas fora deste re­gime», bem como a re­visão, du­rante este mês de Ou­tubro, da ta­bela de taxas mo­de­ra­doras. Mi­lhares de ci­da­dãos fi­carão afas­tados do acesso aos cui­dados de Saúde, de­nuncia o PCP.

Os co­mu­nistas alertam ainda para a trans­for­mação do acesso à Saúde «ten­den­ci­al­mente gra­tuito» pa­tente na Cons­ti­tuição para o «ten­den­ci­al­mente pago». E acres­centam: «Se o pro­blema do SNS fosse os cerca de 400 mi­lhões de euros que o Go­verno não negou que po­derá vir a ar­re­cadar com os au­mentos nas taxas mo­de­ra­doras, bas­taria para tal in­tervir na trans­fe­rência di­recta que ac­tu­al­mente se ve­ri­fica de mi­lhões de euros de re­cursos pú­blicos para a Saúde pri­vada, para su­prir tal si­tu­ação.»

A po­lí­tica do Go­verno e da troika, ao agravar o custo de bens e ser­viços es­sen­ciais e nos sa­lá­rios e pen­sões, ao en­cerrar ser­viços de Saúde e des­pe­dindo pro­fis­si­o­nais, «está a con­denar o povo por­tu­guês a um re­tro­cesso sem pre­ce­dentes que co­lo­cará em risco vidas hu­manas».



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