Governo pondera novas portagens em Lisboa e no Porto

Um «inferno» nas estradas

Depois de impor a introdução de portagens em todas as SCUT, o Governo planeia agora portajar outros lanços e sublanços de auto-estrada nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Mobilidade posta em causa

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Os troços das auto-estradas que ligam o Porto a Valença (A3) e a Amarante (A4), mais concretamente entre Águas Santas e a Maia (A3), e o sublanço entre Águas Santas e Ermesinde (A4) foram assim apontados como os primeiros onde a opção é colocada. «A reintrodução de portagens nestes sublanços afectaria o percurso diário de cerca de 70 mil veículos, entre Águas Santas e Ermesinde, e entre 63 a 65 mil veículos por dia entre Águas Santas e a Maia», informa, numa pergunta dirigida ao Governo, Bruno Dias, deputado do PCP na Assembleia da República.

Segundo foi recentemente noticiado, o Executivo PSD/CDS considera ainda a cobrança noutros lanços que ainda não estejam previstos nos contratos, mas que possam entrar na mesma lógica. É o caso da A1, entre Sacavém e Alverca, ou da A2, entre a Ponte 25 de Abril e o Fogueteiro, num contexto em que se regista 149 mil atravessamentos diários na Ponte 25 de Abril e 64 mil na Ponte Vasco da Gama.

«O Governo reagiu, entretanto, a esta notícia, afirmando que "não há ainda nenhuma decisão tomada", e admitindo que está a estudar várias hipóteses sobre esta matéria», refere, no documento, o deputado do PCP, lembrando que no dia 4 de Agosto o ministro da Economia e Obras Públicas admitiu um estudo para portajar a entrada na Grande Lisboa, e as Estradas de Portugal anunciaram a possibilidade de virem a lançar portagens na CRIL e no IC19, no dia em que se impôs um brutal aumento dos preços nos transportes públicos.

Ainda segundo Bruno Dias, a introdução destas novas portagens, a concretizar-se, «colocaria em causa todo o sistema de mobilidade na área metropolitana, em particular na zona Norte e sujeitaria de facto a portagens todas as principais entradas de Lisboa». «Tal medida transformaria num inferno a vida de centenas de milhares de pessoas que apenas teriam como "alternativa" vias urbanas por dentro das localidades e seria um facto à medida da privatização das linhas férreas e outros meios de transporte suburbano», condenou.



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