PS e PSD vão pelo mau caminho
Com os votos contra da CDU, em sessão de Câmara, realizada no dia 28, PS e PSD aprovaram a privatização da água em Odivelas.
«A água é um recurso escasso, essencial à vida, não deve ser tratado como uma qualquer mercadoria, sujeita à lógica empresarial», defendem, em nota de imprensa, os eleitos do PCP, lembrando que «os exemplos em Portugal e em diversos países da Europa têm mostrado que a privatização da água tem resultados desastrosos para as respectivas populações» e que o «negócio da água» tem significado, sempre, para os consumidores, «aumentos exorbitantes, de 30 a 40 por cento, sem correspondência na qualidade dos serviços ou nos investimentos necessários».
«Quando a má experiência de privatização da água em cidades europeias, como Paris ou Berlim, levaram já os responsáveis políticos a arrepiar caminho e voltar a assumir a gestão pública, por aqui PS e PSD insistem obstinadamente em não querer aprender com o saber adquirido e as experiências testadas e comprovadas», salienta a CDU, que sempre defendeu e continua a defender «a manutenção destes serviços na esfera pública, porque essa é a solução que melhor serve as populações e o interesse público».
Porque acreditam que, bem geridos, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento são economicamente viáveis e têm condições para prestar um serviço de grande qualidade às populações, os eleitos do PCP defendem, em alternativa, uma «gestão conjunta» entre Odivelas e Loures, à semelhando do que acontece em Oeiras e Amadora.
Sintra é, de igual forma, um bom exemplo de como uma boa gestão pública tem efeitos positivos na qualidade de vida das pessoas. «As perdas de água são o maior prejuízo registado em qualquer sistema de distribuição e actualmente ele é cerca de 40 por cento nos SMAS de Loures, um valor altíssimo e que pode ser corrigido. Em Sintra, a redução do volume de perdas de água nos últimos oito anos permitiu que se realizassem investimentos na rede de mais de 15 milhões de euros, só com as poupanças alcançadas. Este tem que ser o caminho», explica, em declaração de voto, a CDU.