Aderir ao PCP: opção indispensável

Francisco Lopes (Membro da Comissão Política)

Aderir ao PCP cons­titui uma opção in­dis­pen­sável para todos os que são atin­gidos pela po­lí­tica ao ser­viço do grande ca­pital e querem con­se­quen­te­mente lutar por uma so­ci­e­dade e um mundo mais justos.

O PCP é por­tador de um pro­jecto de fu­turo, o so­ci­a­lismo

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Neste tempo mar­cado pela bru­ta­li­dade do pacto de agressão subs­crito pelo PS, PSD, CDS-PP com o FMI, a União Eu­ro­peia e o BCE, que acentua um rumo de ex­plo­ração, em­po­bre­ci­mento, in­jus­tiças so­ciais, re­cessão eco­nó­mica, de­sem­prego e com­pro­me­ti­mento do re­gime de­mo­crá­tico e da so­be­rania na­ci­onal; neste tempo em que o rumo de afun­da­mento e de­sastre na­ci­onal evi­dencia ainda mais a na­tu­reza do ca­pi­ta­lismo, da in­te­gração na UE e da po­lí­tica de di­reita de mais de três dé­cadas e meia contra Abril; neste tempo de ma­ni­pu­lação ide­o­ló­gica vi­sando es­pa­lhar a de­so­ri­en­tação, a apatia e o con­for­mismo, mas também de forte de­sen­vol­vi­mento da luta de massas – co­loca-se a tanta gente a questão do que fazer, face ao que está a acon­tecer ao País e às suas pró­prias vidas.

A res­posta tem muitas di­men­sões, mas a fun­da­mental é de grande cla­reza: dar mais força ao PCP, tomar a opção de ser membro do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês.

Essa é a forma mais con­se­quente e mais eficaz de in­tervir, con­tri­buindo para de­fender os in­te­resses dos tra­ba­lha­dores, da ju­ven­tude, do povo, para des­gastar e der­rotar a ofen­siva em curso e as­se­gurar a rup­tura com a po­lí­tica de di­reita. Essa é a opção in­dis­pen­sável para abrir ca­minho a um fu­turo me­lhor, a uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, à de­mo­cracia avan­çada, tendo no ho­ri­zonte o so­ci­a­lismo, a so­ci­e­dade livre da ex­plo­ração.

Como em ou­tras fases da luta do povo por­tu­guês, neste ano do seu 91.º ani­ver­sário e de re­a­li­zação do seu XIX Con­gresso, o PCP marca a di­fe­rença. Não há de­tur­pa­ções, ca­lú­nias ou si­len­ci­a­mentos que possam apagar essa re­a­li­dade.

 

Dois mil novos mi­li­tantes até Março de 2013

 

É um par­tido com uma his­tória ímpar. O par­tido da re­sis­tência an­ti­fas­cista, da li­ber­dade e da de­mo­cracia, o par­tido da Re­vo­lução de Abril e das suas con­quistas. O par­tido sempre pre­sente nos mo­mentos de re­sis­tência, trans­for­mação e avanço.

É o par­tido da classe ope­rária e de todos os tra­ba­lha­dores, o par­tido da ju­ven­tude. O par­tido com que os tra­ba­lha­dores, a ju­ven­tude, o povo sempre podem contar.

É um par­tido co­e­rente. O par­tido da ver­dade, que não cede a pres­sões e chan­ta­gens, aprende com a vida e segue de­ter­mi­nado na afir­mação da sua iden­ti­dade co­mu­nista.

É um par­tido com im­por­tantes va­lores éticos e mo­rais. O par­tido cujos mi­li­tantes deram provas sem pa­ra­lelo de ab­ne­gação, re­cu­sando e com­ba­tendo fa­vores e be­ne­fí­cios, dando o exemplo de de­di­cação ao ser­viço dos tra­ba­lha­dores, do povo, do País, da causa da li­ber­tação dos tra­ba­lha­dores e dos povos.

É o par­tido que alertou e pre­veniu, a partir das suas aná­lises, para as con­sequên­cias da po­lí­tica de di­reita, para as pri­va­ti­za­ções e a re­cons­ti­tuição do ca­pi­ta­lismo mo­no­po­lista e o seu do­mínio sobre a vida na­ci­onal. O par­tido que alertou para as con­sequên­cias da in­te­gração e do rumo da CEE/​UE, para o que sig­ni­fi­caria a adesão ao euro e todo o seu rasto de de­vas­tação eco­nó­mica e so­cial, para o com­pro­me­ti­mento da so­be­rania na­ci­onal.

É o par­tido que con­tri­buiu e con­tribui para cons­truir uma vida digna e me­lhor. O par­tido cujos mi­li­tantes no poder local e ou­tras ins­ti­tui­ções, no mo­vi­mento po­pular e aos mais di­versos ní­veis agiram e agem para a re­so­lução dos pro­blemas dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções, para a con­cre­ti­zação das suas as­pi­ra­ções.

É o par­tido que pro­move a par­ti­ci­pação e a luta. O par­tido que alerta, es­cla­rece, mo­bi­liza e une, mos­trando a força imensa da luta de massas para re­sistir e des­gastar os ata­ques e re­tro­cessos so­ciais e ci­vi­li­za­ci­o­nais e para trans­formar a so­ci­e­dade.

É o par­tido que or­ga­niza, que dá a opor­tu­ni­dade de juntar a opi­nião e a re­flexão in­di­vi­dual, à dis­cussão e à de­cisão co­lec­tivas e as trans­forma em po­de­rosa ala­vanca de in­ter­venção e trans­for­mação.

É o par­tido que propõe so­lu­ções para os pro­blemas que en­fren­tamos, que pro­move a re­jeição do pacto de agressão, a rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e a exi­gência duma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, dum Por­tugal mais de­sen­vol­vido, mais justo e so­be­rano.

É o par­tido por­tador de um pro­jecto de fu­turo. O par­tido por­tador das so­lu­ções e do pro­jecto al­ter­na­tivo, contra o ca­pi­ta­lismo, pela de­mo­cracia avan­çada e o so­ci­a­lismo.

O PCP, par­tido que in­tervém com uma con­fi­ança ina­ba­lável as­sente na sua his­tória, no seu pro­jecto e na sua força, é o par­tido a que vale a pena per­tencer.

Tudo isto está pre­sente quando se de­sen­volve a cam­panha de re­cru­ta­mento de dois mil novos mi­li­tantes de­ci­dida pelo Co­mité Cen­tral até Março de 2013. E, por tudo isto e muito mais, nestes tempos di­fí­ceis e exi­gentes, apon­tando o ca­minho do fu­turo, re­a­firma-se o apelo: adere ao PCP, junta a tua à nossa voz, para lutar, para vencer!



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