Num re­que­ri­mento as­si­nado pelo de­pu­tado Ho­nório Novo e en­tregue se­gunda-feira na As­sem­bleia da Re­pú­blica, o PCP pre­tende saber o que pensa fazer o Go­verno para pôr cobro aos sa­lá­rios em atraso na Vi­dro­mar­ques, em Al­fena, con­celho de Va­longo. Igual­mente desde esse dia os tra­ba­lha­dores estão em greve exi­gindo o pa­ga­mento das re­mu­ne­ra­ções em falta – a úl­tima vez que os cerca de 35 tra­ba­lha­dores re­ce­beram foi a 21 de Março (vés­pera da greve geral) e apenas 300 euros. O resto desse sa­lário con­tinua em falta.

Se­gundo in­for­ma­ções re­co­lhidas pelo de­pu­tado junto dos pró­prios tra­ba­lha­dores em greve, «a si­tu­ação de sa­lá­rios em atraso tem ocor­rido de forma sis­te­má­tica desde há cerca de dois anos a esta parte», sem que a Au­to­ri­dade para as Con­di­ções de Tra­balho, por di­versas vezes ins­tada a in­tervir, tenha agido. Ho­nório Novo des­taca ainda que a em­presa «dá mos­tras de con­ti­nuar a ter uma car­teira de en­co­mendas bem con­for­tável, uti­li­zando fre­quen­te­mente o tra­balho aos sá­bados e con­ti­nu­ando a vender a quase to­ta­li­dade da sua pro­dução para em­presas do grupo Saint Go­bain, um dos grupos lí­deres do mer­cado do vidro».

Também com sa­lá­rios e sub­sí­dios em atraso está a Beira-Rio, em­presa de co­mércio e ma­nu­tenção de au­to­mó­veis com uni­dades nos con­ce­lhos de Al­mada, Bar­reiro e Mon­tijo, que em­prega cerca de 100 tra­ba­lha­dores. Num re­que­ri­mento ao Go­verno en­tregue pelos de­pu­tados Fran­cisco Lopes, Paula Santos e Bruno Dias, o PCP ques­tiona o Go­verno acerca das me­didas que pre­tende tomar para ga­rantir o pa­ga­mento «a tempo e horas» das re­mu­ne­ra­ções aos tra­ba­lha­dores.