Pelo direito a envelhecer com direitos
Encerrando a reunião nacional de quadros do Partido na frente de trabalho dos reformados, realizada anteontem em Lisboa, Jerónimo de Sousa destacou o papel que esta camada pode ter no combate ao pacto de agressão.
Da luta dos reformados depende o seu direito a envelhecer dignamente
Os reformados pensionistas e idosos não são, como algumas forças políticas querem fazer crer, um «grupo social desprovido de capacidade de organização e associação em defesa dos seus direitos», afirmou o Secretário-geral do PCP salientando o «importante património de luta» do movimento unitário dos reformados, alicerçado no MURPI, desde o 25 de Abril.
Mas o dirigente comunista foi ainda mais longe, realçando que «na força da luta dos reformados, pensionistas e idosos de hoje está a garantia ao seu direito de envelhecer com direitos». Assim, para Jerónimo de Sousa, a capacidade de ampliação da unidade e luta no tempo presente é «seguramente uma fonte de acumulação de forças na defesa do direito à reforma e a uma pensão digna para as futuras gerações de trabalhadores».
Os reformados, pensionistas e idosos, garantiu, podem contar com o PCP não apenas para «pôr a nu a natureza exploradora do sistema capitalista no seu objectivo de sempre de maximização dos lucros à custa da liquidação do direito à reforma, essa conquista histórica e civilizacional, como na luta pela transformação social e pelo socialismo». Os comunistas batem-se para que sejam garantidos os «direitos de participação dos reformados na vida social, política, cultural e desportiva», reafirmou Jerónimo de Sousa, acrescentando que incentivam e valorizam também o associativismo dos reformados e o reconhecimento do estatuto de parceiro social às suas organizações representativas.
Defender a Segurança Social
Jerónimo de Sousa destacou ainda a luta dos «milhares de activistas e dirigentes das associações de reformados» em prol dos interesses desta ampla e diversificada camada social. E reafirmou que o PCP sempre tem estado ao seu lado nessa luta.
Assim, realçou, uns e outros defendem o direito à reforma e a uma pensão, «rejeitando a imposição do aumento da idade de reforma», a garantia do direito de cada trabalhador e trabalhadora a reformar-se quando chega à idade, cabendo apenas e só a ele ou a ela a opção pela actividade que melhor corresponda às suas necessidades e expectativas, sem imposição do prolongamento do tempo do seu trabalho profissional.
Assegurar uma melhor distribuição do rendimento a favor dos reformados, pensionistas e idosos, do sector público e privado, como contrapartida dos seus descontos para a Segurança Social pública é outro dos objectivos, que deverá ter sempre como meta a elevação do valor das reformas mais baixas e a revalorização do conjunto das pensões e reformas. E melhores pensões significa «defender intransigentemente» o sistema público de Segurança Social, universal e solidário, acrescentou Jerónimo de Sousa, reafirmando a necessidade de, no imediato, dar combate ao pacto de agressão.