Formação de médicos

Pelo reforço de vagas no público

O PCP dis­corda da pos­si­bi­li­dade de alargar o in­ter­nato mé­dico a en­ti­dades pri­vadas de âm­bito so­cial ou lu­cra­tivo, tal como de­fende o CDS-PP em pro­jecto de re­so­lução que es­teve em de­bate no Par­la­mento e que veio a ser apro­vado por este par­tido e pelo PSD, com os votos contra de todas as ban­cadas da opo­sição.

«A re­a­li­zação do in­ter­nato mé­dico fora dos es­ta­be­le­ci­mentos pú­blicos de saúde cons­titui mais uma ma­cha­dada das po­lí­ticas de di­reita no Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, fra­gi­li­zando-o e re­du­zindo a sua ca­pa­ci­dade de in­ter­venção face às ne­ces­si­dades dos por­tu­gueses», re­feriu a de­pu­tada co­mu­nista Paula Santos, de­fen­sora, pelo con­trário, de que a única via capaz de cor­res­ponder ao in­te­resse pú­blico passa pelo re­forço das vagas para o in­ter­nato mé­dico em es­ta­be­le­ci­mentos pú­blicos «com ido­nei­dade for­ma­tiva».

Alargar o in­ter­nato mé­dico a en­ti­dade pri­vadas, como pre­tende o CDS-PP, além de des­viar os mé­dicos do SNS, seria co­locá-los ao ser­viço dos grandes grupos eco­nó­micos como mão-de-obra ba­rata.

Um tal ce­nário «não vai ao en­contro das ne­ces­si­dades do País, antes fa­vo­rece os in­te­resses lu­cra­tivos na saúde», re­feriu Paula Santos, que ques­ti­onou, por exemplo, entre ou­tros pontos não es­cla­re­cidos no di­ploma do CDS-PP, sobre quem pa­garia essa for­mação e ven­ci­mentos dos in­ternos.



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