A «oportunidade» é um flagelo

«Estar no de­sem­prego não é uma opor­tu­ni­dade, é um fla­gelo so­cial a que urge pôr termo», pro­testou a CGTP-IN, co­men­tando os dados que o INE di­vulgou no dia 16.

A cen­tral des­taca que a taxa de de­sem­prego ofi­cial foi de 14,9 por cento, no pri­meiro tri­mestre de 2012, cor­res­pon­dendo a 819 300 de­sem­pre­gados, mais 130 mil do que em igual pe­ríodo do ano pas­sado, o que re­pre­senta um au­mento de 19 por cento, em apenas um ano.

No en­tanto, res­salva a In­ter­sin­dical, o nú­mero real de de­sem­pre­gados e su­bem­pre­gados já é su­pe­rior a um mi­lhão e 200 mil, sendo a taxa real de de­sem­prego de 21,5 por cento (23,1 por cento, no caso das mu­lheres).

Muitos dei­xaram de pro­curar em­prego, pas­sando a inac­tivos, e ou­tros emi­graram, o que é vi­sível na di­mi­nuição da taxa de ac­ti­vi­dade e no cres­ci­mento dos inac­tivos dis­po­ní­veis (mais 40 por cento).

Num ano perdeu-se mais de 200 mil postos de tra­balho, 73 mil dos quais no úl­timo tri­mestre. Foram atin­gidos todos os sec­tores, so­bres­saindo os ser­viços (menos 102 mil em­pregos) e a in­dús­tria (menos 91 mil). O de­sem­prego cresceu em todas as faixas etá­rias, man­tendo-se mais ele­vado entre os jo­vens até 25 anos (36,2 por cento), que foi também a taxa que mais cresceu.

A pre­ca­ri­e­dade é a prin­cipal via para o de­sem­prego. Os con­tratos não per­ma­nentes atingem 20 por cento dos as­sa­la­ri­ados e a sua não re­no­vação é a causa de mais de 70 por cento dos postos de tra­balho des­truídos no tri­mestre.

Agrava-se a des­pro­tecção so­cial no de­sem­prego. Apenas 349 mil de­sem­pre­gados re­ce­biam uma pres­tação. Face ao mesmo tri­mestre de 2011, a taxa de co­ber­tura caiu de 29,8 para 28,5 por cento.



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