Os mineiros do carvão de Espanha, em greve desde Maio contra os cortes dos subsídios estatais, voltaram ao trabalho, dia 2, dispostos a continuar a luta por outras formas, pela viabilização do sector e em defesa dos postos de trabalho.

As principais centrais sindicais (CCOO e UGT) anunciaram em comunicado uma reorientação das mobilizações, o que significou o regresso à actividade nas minas no dia seguinte e o fim da ocupação de vários poços, onde grupos de trabalhadores permaneciam encerrados há várias semanas.

Desde finais de Maio que os mineiros de várias regiões de Espanha organizaram quase diariamente manifestações e protestos que terminaram com frequência em confrontos com a polícia. A sua luta culminou com uma «marcha negra», saudada por centenas de milhares de pessoas, ao longo da caminhada de mais de 400 quilómetros e à sua chegada a Madrid, em 11 de Julho.

Em comunicado, os sindicatos denunciam a falta de vontade do governo para «encontrar uma saída» do conflito e insistem «num acordo que permita manter a actividade mineira e os postos de trabalho».

Caso não sejam apresentadas soluções, CCOO e UGT comprometem-se a elaborar um novo calendário de acções e mobilizações.