Festa da Unidade

Iniciativa ímpar que é fruto da militância

A Festa da Unidade, iniciativa do PCP em S. Pedro da Cova que se realiza há mais de 30 anos, cumpriu-se mais uma vez nos dias 3 e 4 deste mês. Jaime Toga, da Comissão Política, valorizou esta longevidade. 

A Festa da Unidade realiza-se há mais de 30 anos

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Foram dois dias de convívio entre militantes e simpatizantes do PCP daquela freguesia de Gondomar, mas que começaram bem antes, com o trabalho militante em que se sustentam as realizações dos comunistas. Exemplo disso foi uma vez mais todo o trabalho de preparação, nomeadamente a limpeza do terreno cedido para aquela iniciativa, e que só terminou com a retirada de materiais e nova limpeza do terreno nos dias seguintes.

Os cerca de mil visitantes que por ali passaram nos dois dias traduzem bem aquela que já é, e por direito próprio, uma das realizações políticas mais importantes da região, e que, tal como referiu Pedro Miguel Vieira, membro daquela Comissão de Freguesia do PCP, na intervenção que antecedeu a de Jaime Toga na noite de sábado, traduz um bem sucedido trabalho colectivo, militante, e a participação e solidariedade do povo daquela freguesia. Pedro Vieira agradeceu ao proprietário do terreno onde se realizou a festa, aos vizinhos pela cedência da água, luz e instalações, e também a «todos os comerciantes da freguesia e outras pessoas» pela sua participação das mais variadas formas, e que «tornam possível a realização» da Festa da Unidade.

À semelhança de anos anteriores, a Festa da Unidade foi uma vez mais um espaço onde o salutar convívio se mescla com a boa gastronomia, servida no habitual espaço reservado para o efeito, no extremo oposto ao palco onde decorrem, além das intervenções políticas, os concertos musicais, que este ano contaram com a actuação de diversos fadistas, e também com a música tradicional da banda Cantares da Terra. Mas todo este ambiente de festa é abraçado pelo constante cariz político que não podia deixar de caracterizar a iniciativa: desde a decoração do espaço, nomeadamente nas faixas expostas – pela urgente remoção dos resíduos perigosos e contra a extinção de freguesias – à exposição montada naquele local, acerca da actividade do PCP e dos principais problemas daquela freguesia, passando pela já tradicional banca da JCP, onde estiveram, durante os dois dias, diversos materiais disponíveis.

 

Um Partido que não verga

 

Jaime Toga, na sua intervenção, enalteceu a identidade conquistada pela Festa da Unidade, dizendo que aquela iniciativa, «sendo do PCP, expressa a identidade de São Pedro da Cova e traduz o quanto injusta é a tentativa do Governo de liquidar freguesias». E saudou, em seguida, «a luta desenvolvida pelos sampedrenses contra a tentativa de extinção da freguesia», afirmando a solidariedade e o apoio do PCP às populações.

Para o membro da Comissão Política, a «tentativa de atacar o poder local democrático, afastar o poder das populações e reduzir a representatividade democrática é apenas uma face das opções que unem o PS, o PSD e o CDS», pois são também esses os partidos que «submeteram o País ao pacto de agressão que assinaram com a troika estrangeira e que nos está a infernizar a vida, sem que nenhum dos problemas se resolva». O dirigente comunista continuou a sua intervenção elencando os diversos sacrifícios impostos ao povo, ao mesmo tempo que os contrapunha com o aumento dos lucros e com os dinheiros públicos entregues aos privados, nomeadamente à banca e ao grande capital.

«É cada vez mais clara a incapacidade deste Governo, da política de direita e do pacto de agressão» para a resolução dos problemas do País, afirmou Jaime Toga, sublinhando em seguida que a «derrota desta política e a construção de outro caminho depende sobretudo da capacidade de resistência e luta dos trabalhadores e das populações».

O PCP, garantiu, «não verga, não se resigna, não abdica de lutar pelo povo e pela soberania nacional», e estará «sempre ao lado das populações, dos seus interesses, dos seus direitos».



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