Contra privatização em Aveiro

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Mais de 500 pessoas – trabalhadores da Moveaveiro e utentes dos transportes públicos – manifestaram-se no dia 12 em Aveiro (na foto), desfilando do Largo da Estação até à Câmara Municipal, para contestarem a privatização daquela empresa e denunciarem os efeitos de tal decisão, com destaque para o aumento do desemprego, a degradação do serviço (redução de carreiras e aumento de preços) e o benefício único para o Grupo Transdev, a quem a CMA pretende entregar as linhas mais rentáveis, numa primeira fase.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Autarquias Locais, que convocou esta acção, alertou já que o executivo de maioria PSD/CDS, presidido por Élio Maia, pretende extinguir a Moveaveiro, alienar ao sector privado a maioria dos transportes terrestres e concessionar os transportes fluviais e os parquímetros. Mais de 40 postos de trabalho seriam assim extintos, restando a «mobilidade especial» para a maioria dos trabalhadores da empresa municipal com vínculo à Câmara.

O STAL/CGTP-IN apelou a que a população comparecesse ontem, à noite, na sessão da Assembleia Municipal onde ia ser discutido o acordo com a Transdev, exigindo que a autarquia assuma a responsabilidade pela manutenção e melhoria do transporte público municipal e pela defesa integral dos postos de trabalho.




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