Pela escola pública

«Professores, educadores e investigadores sentem, no seu quotidiano profissional, os efeitos devastadores das políticas do Governo. Sucessivos cortes no orçamento da Educação estão a gerar uma forte vaga de desemprego, instabilidade, agravamento das condições de trabalho e degradação da qualidade do ensino», salienta a Fenprof no pré-aviso de greve para o próximo dia 14, entregue, segunda-feira, no Ministério da Educação.

Em nota publicada na sua página na Internet, a federação sublinha que todos os seus sindicatos aderiram à paralisação convocada pela CGTP-IN, não apenas porque partilham as razões apresentadas pela central, mas, também, porque contestam vivamente as medidas que contribuem para a desvalorização da escola pública.

Com semelhantes razões para lutar, a Fenprof e as suas congéneres espanholas, da UGT e das Comisiones Obreras, marcara para hoje e amanhã, em Madrid e Lisboa, respectivamente, conferências de imprensa que terão a participação do Secretário-geral da Internacional de Educação, Fred Van Leuwen, e do diretor do Comité Sindical Europeu de Educação (da CES).

Igualmente a apelar à participação na greve geral, o Conselho do Ensino Superior e Investigação da Fenprof divulgou, no final de Outubro, uma resolução na qual salienta o «momento dramático da vida do País e do Ensino Superior e da ciência em particular».




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A força do trabalho<br> mostra-se dia 14

«Nunca nos últimos tempos tivemos tanta companhia e tantos apoios, nunca tivemos tão pouca polémica em torno de uma greve geral», disse Arménio Carlos, perante os milhares de pessoas que, a 31 de Outubro, reprovaram o Orçamento que a maioria PSD/CDS fez passar à pressa no plenário parlamentar. Cá fora, foi visível o que o Secretário-geral da CGTP-IN quis dizer, ao dar nota de que o ambiente para a greve geral, no dia 14, «é muito bom» e que «vamos demonstrar que o trabalho tem força e pode mudar este País».

Greve geral a crescer

Dos diferentes sectores de actividade e estruturas representativas dos trabalhadores, com destaque para as empresas e serviços onde têm ocorrido processos de luta nos últimos meses, surgem expressões de apoio e determinação para fazer da próxima quarta-feira um grande dia de luta contra a exploração e o empobrecimento, por um Portugal com futuro, colocando particular enfoque no conteúdo do Orçamento do Estado para 2013.

Ir para a rua!

Levar para as ruas, por todo o País, os motivos que justificam fazer greve no dia 14, é o objectivo das concentrações convocadas pelas estruturas da CGTP-IN para quase meia centena de localidades, designadamente: Lisboa, às 14.30 horas, no Rossio; Porto, às 15 horas, na...