Multiplicam-se apoios e apelos para dia 14

Greve geral a crescer

Dos di­fe­rentes sec­tores de ac­ti­vi­dade e es­tru­turas re­pre­sen­ta­tivas dos tra­ba­lha­dores, com des­taque para as em­presas e ser­viços onde têm ocor­rido pro­cessos de luta nos úl­timos meses, surgem ex­pres­sões de apoio e de­ter­mi­nação para fazer da pró­xima quarta-feira um grande dia de luta contra a ex­plo­ração e o em­po­bre­ci­mento, por um Por­tugal com fu­turo, co­lo­cando par­ti­cular en­foque no con­teúdo do Or­ça­mento do Es­tado para 2013.

Até dia 14, todos os es­forços contam para dar mais força à greve geral

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O pré-aviso de greve geral, for­ma­li­zado pela CGTP-IN, dá co­ber­tura legal su­fi­ci­ente para que qual­quer tra­ba­lhador não com­pa­reça ao ser­viço no dia 14, dando assim o seu apoio à luta, sem ne­ces­sitar de pre­venir an­te­ci­pa­da­mente a en­ti­dade pa­tronal ou as che­fias, nem de jus­ti­ficar pos­te­ri­or­mente a sua au­sência. No en­tanto, vá­rias fe­de­ra­ções e sin­di­catos da CGTP-IN também apre­sen­taram pré-avisos pró­prios, re­for­çando a mo­bi­li­zação, alar­gando e es­pe­ci­fi­cando os ob­jec­tivos, como su­cedeu na agri­cul­tura, ali­men­tação, be­bidas, ho­te­laria e tu­rismo, nas in­dús­trias me­ta­lúr­gicas, quí­micas, eléc­tricas, grá­ficas, da ce­lu­lose e papel, na energia, nas minas, nos têx­teis, la­ni­fí­cios, ves­tuário, cal­çado e peles, no co­mércio, es­cri­tó­rios e ser­viços, nos trans­portes, na Função Pú­blica, na saúde, na edu­cação, na jus­tiça e de­mais áreas da ad­mi­nis­tração cen­tral e re­gi­onal, nas au­tar­quias lo­cais, na pesca, na cons­trução, ce­râ­mica e vidro, nos cor­reios e te­le­co­mu­ni­ca­ções, nas IPSS e mi­se­ri­cór­dias. Na lista que foi di­vul­gada pela CGTP-IN, no «diário da greve geral» – pu­bli­cada no sítio da cen­tral na In­ternet, a par de di­versas in­for­ma­ções sobre o exer­cício do di­reito à greve, bem como de ma­te­riais de in­for­mação e di­vul­gação da luta e dos seus ob­jec­tivos a es­tratos como as mu­lheres ou os re­for­mados – constam ainda as or­ga­ni­za­ções sin­di­cais de mé­dicos, de en­fer­meiros e de psi­có­logos, a Frente Comum Sin­dical Ma­rí­timo-Por­tuária (que tem con­du­zido a luta nos portos). Vá­rias es­tru­turas não fi­li­adas na CGTP-IN (como a maior parte das que in­te­gram esta frente) e mais al­gumas fi­li­adas na UGT anun­ci­aram que também con­vocam greve para dia 14.

O apelo à par­ti­ci­pação na greve geral foi também feito pelo mo­vi­mento das co­mis­sões de tra­ba­lha­dores, de­sig­na­da­mente em co­mu­ni­cados das co­or­de­na­doras das CT dos dis­tritos de Lisboa e Se­túbal.

Uma ex­pres­siva ma­ni­fes­tação de apoio e mo­bi­li­zação para a greve saiu da con­cen­tração na­ci­onal de tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica, no dia 31, e consta da re­so­lução ali apro­vada e di­vul­gada pela Frente Comum de Sin­di­catos (que in­tegra or­ga­ni­za­ções sem fi­li­ação em cen­trais, como o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores Con­su­lares e das Mis­sões Di­plo­má­ticas, que de­cidiu alargar a greve geral a todo o mundo onde há re­pre­sen­ta­ções do MNE por­tu­guês).

 



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