Celebrar Outubro
Os 95 anos da Revolução de Outubro estão a ser assinalados em diversas iniciativas um pouco por todo o País. Na sede nacional do PCP, na Soeiro Pereira Gomes, a data maior da história da luta dos explorados e dos oprimidos pela sua emancipação foi assinalada no dia 5 num grande almoço que reuniu largas dezenas de funcionários e colaboradores da estrutura central do Partido.
Na intervenção que se seguiu ao almoço, Fernanda Mateus, da Comissão Política, lembrou as palavras de Álvaro Cunhal numa conferência em 1993: «Com a Revolução Russa de 1917 e a criação da URSS, o homem lançou-se na tarefa, pela primeira vez em muitos milhares de ano de história, de construir uma nova sociedade sem classes exploradas nem classes exploradoras, uma sociedade de seres humanos livres e iguais.» Em seguida, a dirigente comunista lembrou que o primeiro Estado de operários e camponeses «fez uma abordagem radicalmente diferente dos graves problemas do seu tempo, tendo os primeiros decretos do partido bolchevique, dirigido por Lénine – sobre a posse da terra, as nacionalizações da indústria, dos caminhos-de-ferro e dos bancos – destruído as bases económicas da exploração capitalista».
Mas a Revolução de Outubro fez mais do que isso, acrescentou, «quebrou as cadeias da opressão nacional, eliminou o domínio das classes exploradoras, abriu caminho para relações justas baseadas na valorização do trabalho e dos trabalhadores, no interesse colectivo e no bem-estar comum», para além de ter tido o papel cimeiro na derrota do nazi-fascismo.
Salientando as consequências catastróficas para os povos do mundo das derrotas do socialismo na URSS e na Europa de Leste, Fernanda Mateus realçou em seguida as imensas tarefas que se colocam hoje aos comunistas portugueses.