Um Partido que se reforça

A VIII As­sem­bleia da Or­ga­ni­zação Con­ce­lhia de San­tiago do Cacém, re­a­li­zada no dia 28 de Ou­tubro no Cercal, contou com a par­ti­ci­pação de 67 de­le­gados. O de­bate tra­vado e as de­ci­sões aí as­su­midas foram ao en­contro dos ob­jec­tivos tra­çados, ex­pressos no lema Um Par­tido mais Forte, Com os Tra­ba­lha­dores e as Po­pu­la­ções, Lutar e vencer.

Na re­so­lução po­lí­tica apro­vada aborda-se a si­tu­ação eco­nó­mica, so­cial e po­lí­tica do País, da re­gião e do con­celho, mar­cada pelas po­lí­ticas de aus­te­ri­dade do Go­verno PSD/​CDS, com o apoio do PS e do Pre­si­dente da Re­pú­blica e en­qua­dradas pela troika es­tran­geira dos cre­dores. Ava­liada e va­lo­ri­zada foi também a re­sis­tência dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções contra o rumo de de­sastre cor­po­ri­zado no pacto de agressão, que tantas e tão ne­fastas con­sequên­cias está a ter nas con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções e no pró­prio fu­turo do País.

Para além das pro­postas do Par­tido para o con­celho, a re­so­lução po­lí­tica avança im­por­tantes li­nhas para o re­forço da or­ga­ni­zação e in­ter­venção par­ti­dá­rias, cujo cum­pri­mento é fun­da­mental para o au­mento da sua in­fluência so­cial, po­lí­tica e elei­toral. O XIX Con­gresso do PCP e as co­me­mo­ra­ções do cen­te­nário de Álvaro Cu­nhal foram também de­ba­tidos na as­sem­bleia, que aprovou ainda duas mo­ções: uma de apoio à greve geral do dia 14 de No­vembro, con­vo­cada pela CGTP-IN, onde se apela à par­ti­ci­pação dos tra­ba­lha­dores; e outra a exigir a con­clusão das obras do IP8/​A26 da li­gação entre Sines e Fi­calho, obras que estão pa­ra­li­sadas, por de­cisão do Go­verno, de­pois do Es­tado ter aí in­ves­tido muitos mi­lhões de euros.

No sá­bado, 3, re­a­lizou-se a VII As­sem­bleia da Or­ga­ni­zação Con­ce­lhia de Por­timão, que contou com a par­ti­ci­pação de de­zenas de de­le­gados e con­vi­dados. Na mesa, pre­si­dida por Mar­ga­rida Ten­gar­rinha, en­con­travam-se mem­bros da Co­missão Con­ce­lhia ces­sante e o membro da Co­missão Po­lí­tica Vasco Car­doso, res­pon­sável pela Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Al­garve do PCP.

Du­rante os tra­ba­lhos da as­sem­bleia, os de­le­gados abor­daram a si­tu­ação eco­nó­mica local, par­ti­cu­lar­mente mar­cada pelo de­sem­prego (Por­timão é o con­celho com a taxa mais ele­vada no Al­garve), pelo de­sa­pro­vei­ta­mento das po­ten­ci­a­li­dades do porto, da pesca e do tu­rismo. As de­bi­li­dades e cons­tran­gi­mentos foram en­ca­radas de frente, tendo fi­cado de­fi­nido avançar com o re­cru­ta­mento, com a me­lhoria da si­tu­ação fi­nan­ceira e da re­colha de quotas. Cons­ti­tuir cé­lulas nas prin­ci­pais em­presas, re­forçar as co­mis­sões de fre­guesia e am­pliar a sua ac­ti­vi­dade são ou­tras das pri­o­ri­dades. Na nova Co­missão Con­ce­lhia en­tram pela pri­meira vez muitos jo­vens mi­li­tantes. No de­correr da as­sem­bleia houve uma adesão ao Par­tido e o en­cer­ra­mento es­teve a cargo de Vasco Car­doso.

Na Ale­manha, teve lugar no do­mingo a as­sem­bleia ple­nária da or­ga­ni­zação do PCP na­quele país. Para além da dis­cussão dos dois do­cu­mentos foram também eleitos os de­le­gados ao XIX Con­gresso do Par­tido. Re­a­li­zada na ci­dade de Le­ver­kusen com a pre­sença de 17 mi­li­tantes, a as­sem­bleia aprovou por una­ni­mi­dade duas pro­postas de al­te­ração (uma a cada um dos do­cu­mentos) e os de­le­gados efec­tivo e su­plente. Em se­guida, os co­mu­nistas por­tu­gueses re­si­dentes na Ale­manha re­a­li­zaram a sua as­sem­bleia de or­ga­ni­zação, onde fi­zeram um ba­lanço da ac­ti­vi­dade nos úl­timos quatro anos, ana­li­saram a or­ga­ni­zação do Par­tido na­quele país e ele­geram um novo Or­ga­nismo de Di­recção Na­ci­onal, igual­mente por una­ni­mi­dade.

Em Ma­to­si­nhos, re­a­lizou-se um ple­nário con­ce­lhio para dis­cutir as pro­postas de al­te­ração ao Pro­grama e as Teses. De­pois de Ro­gério Reis, do Co­mité Cen­tral e da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Porto do PCP, ter apre­sen­tado o con­teúdo dos dois do­cu­mentos, os mi­li­tantes co­mu­nistas do con­celho deram os seus con­tri­butos e su­ges­tões para en­ri­quecer e me­lhorar os dois do­cu­mentos, re­for­çando assim, no de­bate e na dis­cussão franca de ideias, o pró­prio Par­tido.



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