Uma «borracha» na EPUL

En­quanto mais de cem tra­ba­lha­dores da EPUL per­ma­ne­ciam con­cen­trados, em pro­testo, na Praça do Mu­ni­cípio, a mai­oria PS que go­verna a ci­dade de Lisboa fazia aprovar a ex­tinção da­quela em­presa, na reu­nião da Câ­mara, com o apoio do PSD e do CDS. O PCP de­fendeu a con­ti­nui­dade da EPUL, no­tando que «não foram apre­sen­tados ar­gu­mentos vá­lidos e fun­da­men­tados» e es­tra­nhando a ur­gência de «querer ex­tin­guir tão de­pressa uma em­presa com ta­manha im­por­tância», com 42 anos de exis­tência e com 148 tra­ba­lha­dores qua­li­fi­cados.
O Par­tido, como se re­fere na nota di­vul­gada pela di­recção da or­ga­ni­zação na ci­dade, dia 7, exige um re­la­tório fun­da­men­tado acerca da si­tu­ação da EPUL, que es­cla­reça a dí­vida da CML à em­presa e o em­prés­timo con­traído ao Banco Dexia (Ho­landa), e re­cusa «que se “passe uma bor­racha” sobre as res­pon­sa­bi­li­dades nos su­ces­sivos actos de gestão, que con­du­ziram aos pe­sados en­cargos fi­nan­ceiros hoje in­vo­cados».
A quem en­trava nos Paços do Con­celho, os tra­ba­lha­dores dis­tri­buíam uma cópia do dis­curso do pre­si­dente da CML, nos 40 anos da EPUL, des­ta­cando a afir­mação de que a em­presa po­deria dar con­tri­butos «ainda mais am­bi­ci­osos» à ci­dade.
Um di­ri­gente do STML/​CGTP-IN ex­pressou so­li­da­ri­e­dade aos tra­ba­lha­dores.
A pro­posta iria ser dis­cu­tida e vo­tada an­te­ontem, na As­sem­bleia Mu­ni­cipal.

Lim­peza

Para pro­tes­tarem contra o ar­ras­ta­mento da ne­ces­sária re­pa­ração dos sis­temas de aque­ci­mento de água, os tra­ba­lha­dores dos postos de lim­peza da Bo­a­vista e da Tra­vessa do Pas­te­leiro de­ci­diram reunir-se, em ple­nário, nas ins­ta­la­ções da Di­recção Mu­ni­cipal de Am­bi­ente Ur­bano, na pas­sada sexta-feira, de manhã – in­formou o STML.
Já no dia 1 de Ou­tubro o sin­di­cato tinha pro­mo­vido um ple­nário geral de tra­ba­lha­dores da Lim­peza Ur­bana, onde foi lan­çado um alerta para a de­gra­dação das con­di­ções de se­gu­rança e saúde nos úl­timos tempos. Na moção, então apro­vada, re­feria-se a exis­tência de postos de lim­peza em si­tu­ação de claro risco; o uso de fer­ra­mentas ob­so­letas e mesmo a falta delas; a falta de meios e re­cursos para re­pa­ração de equi­pa­mento co­lec­tivo; e a cada vez mais pa­tente falta de pes­soal, com a con­se­quente so­bre­carga de tra­balho e au­mento do risco de aci­dentes.




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