Ataque aos serviços públicos
No âmbito do processo de privatização dos CTT – Correios de Portugal, o Governo tem em curso um plano de encerramento de largas dezenas de estações em todo o País.
Um acto particularmente gravoso para a população
Na cidade do Porto, de acordo com informações que chegaram à CDU, pelo menos as estações da Bolsa, Lordelo do Ouro e S. Roque estão na mira para encerrar em breve. Para os eleitos do PCP, este facto, a verificar-se, constitui «mais um grave passo no ataque aos serviços públicos» e «um elemento de aceleração da desertificação da cidade do Porto». «Se esta intenção não for travada, sete das 15 freguesias do Porto (Lordelo do Ouro, Miragaia, Sé, S. Nicolau, Vitória, Nevogilde e Campanhã), nas quais residem cerca de 70 mil habitantes, ficam sem qualquer estação dos correios na sua área», denunciam os eleitos e activistas da Coligação, lembrando que, em 2011, foram encerradas sete estações dos CTT, nomeadamente a das Antas, Loja do Cidadão, Pinto Bessa, Campo Lindo, Augusto Luso, Malmerendas e Palácio da Justiça, e que a Estação do Município deixou de funcionar aos domingos e feriados (passando este serviço a existir, no Grande Porto, apenas no Aeroporto).
A esta situação – denunciada na última reunião de Câmara pelo vereador da CDU Pedro Carvalho, e pelo Grupo Parlamentar do PCP – acresce a remoção, nos últimos meses, de 83 marcos dos correios da via pública.
Acto gravoso
Em Sintra está previsto o encerramento das estações de correio de Algueirão, Belas, Colares, Queluz e São João das Lampas. Em reunião de Câmara, Pedro Ventura, vereador da CDU, salientou que o encerramento de postos dos CTT em Sintra constitui, de facto, «um acto particularmente gravoso para a população que habita ou trabalha em serviços situados naquelas zonas do concelho e que vai obrigar os utentes a percorrerem distâncias adicionais muito significativas, situação que vai atingir de forma bem especial a população idosa destas freguesias». «Além disso, estes postos dos CTT são relevantes para o apoio de proximidade ao funcionamento de várias actividades económicas localizadas nas proximidades», acrescentou.