Trabalhos estudantis

Digital em vez do papel

A mai­oria PSD/​CDS-PP in­vi­a­bi­lizou re­cen­te­mente o pro­jecto de lei do PCP que vi­sava ga­rantir a su­fi­ci­ência do do­cu­mento elec­tró­nico para a en­trega de tra­ba­lhos, teses e dis­ser­ta­ções no En­sino Su­pe­rior, subs­ti­tuindo o papel. Igual des­tino teve um di­ploma do BE com ob­jec­tivos si­mi­lares, à ex­cepção de dois pontos do seu ar­ti­cu­lado que ti­veram a apro­vação de todas as ban­cadas.

Sendo sim­ples esta é uma questão que não deixa de ser muito im­por­tante para a ge­ne­ra­li­dade dos es­tu­dantes que são hoje con­fron­tados com a obri­ga­to­ri­e­dade da im­pressão das teses e dis­ser­ta­ções, cujo custo pode as­cender a quatro ou cinco cen­tenas de euros (basta ser um júri de cinco pes­soas, por exemplo).

Va­lores que não podem deixar de ser vistos como exor­bi­tantes so­bre­tudo se ti­vermos em conta o facto de as fa­mí­lias es­tarem já a pagar um preço ele­vado pela edu­cação (as pro­pinas no Su­pe­rior rondam os 1036 euros), isto num con­texto de forte de­sem­prego, baixos sa­lá­rios e pre­ca­ri­e­dade, sem falar do agra­va­mento das con­di­ções de vida, como sa­li­entou no de­bate a de­pu­tada co­mu­nista Rita Rato.

Por isso esta ini­ci­a­tiva do PCP as­sumia enorme im­por­tância como forma de ali­viar os custos que re­caem sobre os es­tu­dantes e suas fa­mí­lias.

Nada, porém, que tire o sono às ban­cadas da mai­oria. Como se viu pela in­ter­venção de Nilza Sena (PSD) que saudou o tema e as ini­ci­a­tivas mas pelo ân­gulo do «prin­cípio eco­ló­gico» (o que sendo im­por­tante não cor­res­ponde à razão pri­meira da pro­posta do PCP), ex­cluindo à par­tida que re­caia sobre as ins­ti­tui­ções do En­sino Su­pe­rior qual­quer «ónus da pu­bli­cação dos ma­te­riais», quando fosse esse o caso.



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