Marinha Grande e Braga

Construir a alternativa

Je­ró­nimo de Sousa es­teve na Ma­rinha Grande no dia 18 a par­ti­cipar num grande jantar co­mício que contou com a com­ba­tiva pre­sença de cerca de 400 pes­soas, muitas das quais jo­vens. De­pois do re­pre­sen­tante da JCP ter re­fe­rido os pro­blemas e a luta dos es­tu­dantes e dos jo­vens tra­ba­lha­dores, coube a Vítor Pe­reira acusar, em nome da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Leiria, os su­ces­sivos go­vernos de terem pro­vo­cado a des­truição de parte sig­ni­fi­ca­tiva do te­cido pro­du­tivo da re­gião, com o en­cer­ra­mento de mi­lhares de em­presas, o au­mento brutal do de­sem­prego e da pre­ca­ri­e­dade e a de­gra­dação dos sa­lá­rios e das pen­sões, bem como dos ren­di­mentos dos agri­cul­tores e pes­ca­dores.

O di­ri­gente re­gi­onal do Par­tido va­lo­rizou ainda a re­sis­tência e a luta tra­vada na re­gião, dando o exemplo da BA Vidro, na Ma­rinha Grande, onde os tra­ba­lha­dores não acei­taram a re­ti­rada de di­reitos, e dos tra­ba­lha­dores da em­presa de plás­ticos Gran­dupla, que não acei­taram o des­pe­di­mento co­lec­tivo. In­se­rida nesta luta, acres­centou Vítor Pe­reira, estão as pró­ximas elei­ções au­tár­quicas, que cons­ti­tuem uma im­por­tan­tís­sima ba­talha na de­fesa das li­ber­dades e do Poder Local De­mo­crá­tico.

A vi­tória da CDU na Ma­rinha Grande, pre­cisou, seria um con­tri­buto fun­da­mental não só para a ele­vação da qua­li­dade de vida da po­pu­lação como para a pró­pria luta do Par­tido a nível na­ci­onal, pois este con­celho será sempre um sím­bolo de re­sis­tência e de­fesa da li­ber­dade e dos ideais de­mo­crá­ticos e pa­trió­ticos do 25 de Abril.

Na sua in­ter­venção, o Se­cre­tário-geral do Par­tido des­tacou também a im­por­tância desta ba­talha elei­toral, afir­mando que o re­forço da CDU nas au­tar­quias é um ele­mento fun­da­mental para a der­rota do Go­verno e para re­tomar os va­lores de Abril: «Este é o grande de­safio que temos pela frente, in­ter­romper este pro­cesso e ga­rantir uma al­ter­na­tiva. Apressar com a luta do nosso povo a de­missão de um Go­verno so­ci­al­mente iso­lado e po­li­ti­ca­mente der­ro­tado que pro­cura de­ses­pe­ra­da­mente agarrar-se ao poder. Um Go­verno e uma po­lí­tica fora da lei e em con­fronto com a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica que estão a impor, na prá­tica, um ver­da­deiro es­tado de ex­cepção, um Go­verno que há muito pôs em causa o re­gular fun­ci­o­na­mento das ins­ti­tui­ções com o apoio ac­tivo e cúm­plice do Pre­si­dente da Re­pú­blica.»

Na vés­pera, em Braga, Je­ró­nimo de Sousa teve opor­tu­ni­dade de en­cerrar na re­gião a cam­panha do Par­tido «Por uma po­lí­tica al­ter­na­tiva, pa­trió­tica e de es­querda» num vi­brante co­mício que en­cheu por com­pleto o pa­vi­lhão da es­cola Sá de Mi­randa. Pe­rante cen­tenas de mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes do PCP, o Se­cre­tário-geral re­a­firmou os eixos es­sen­ciais da po­lí­tica al­ter­na­tiva que o Par­tido propõe e cor­po­riza, re­al­çando que tal ca­minho al­ter­na­tivo está nas mãos dos tra­ba­lha­dores e do povo tri­lhar, com a in­ten­si­fi­cação e mul­ti­pli­cação da sua luta or­ga­ni­zada.

Antes, Carlos Al­meida, da di­recção re­gi­onal, va­lo­rizou a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo do dis­trito, que irá con­tri­buir para a der­rota deste Go­verno e para a re­a­li­zação de elei­ções an­te­ci­padas, pri­meiro passo de­ci­sivo para a cons­trução da po­lí­tica al­ter­na­tiva.



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