Decorre hoje, em todo o País, uma jornada de protesto e luta contra o roubo dos feriados e a imposição de trabalho gratuito.

Convocada pela CGTP-IN, esta é uma acção que passa pela realização de greves, paralisações, plenários, concentrações, refere a central, numa nota em que indica uma série de exemplos de lutas marcadas. A Intersindical salienta que, a assinalar o primeiro dos quatro feriados roubados pelo Governo e pela maioria parlamentar que o suporta, a luta de hoje ganhou mais força com a grandiosa concentração em Belém, no passado sábado, que «constituiu uma das mais vibrantes e combativas jornadas de luta realizadas nos últimos anos». A manifestação «evidenciou o alargamento da base de mobilização e o compromisso para a convergência na luta dos trabalhadores contra a exploração e o empobrecimento».

«Neste dia 30 de Maio, vamos demonstrar ao patronato e ao Governo, que os trabalhadores do sector privado e da Administração Pública não se resignam, nem desistem de lutar contra o roubo dos feriados e o combate ao trabalho gratuito, pelo aumento dos salários, pelo emprego e a defesa dos direitos laborais e sociais», apela a Inter, na nota publicada anteontem.

Na segunda-feira, a Comissão Executiva da CGTP-IN, em reunião extraordinária, decidiu levar ao Conselho Nacional, convocado para amanhã, uma proposta de luta geral, em Junho. Os plenários e contactos de hoje vão servir também para «auscultar e mobilizar os trabalhadores no sentido de prosseguir, intensificar e alargar a luta em Junho, articulando as reivindicações específicas nas empresas e nos locais de trabalho, com a luta geral pela exigência da demissão do Governo, a marcação de eleições antecipadas, por uma alternativa política, de esquerda».