O PCP está fron­tal­mente contra a de­cisão do Go­verno de en­tregar o Centro de Se­cagem da an­tiga EPAC de Al­cácer do Sal aos grandes pro­pri­e­tá­rios e chamou o Go­verno ao Par­la­mento para que sejam pres­tadas as de­vidas ex­pli­ca­ções sobre esta me­dida tão in­justa quanto gra­vosa.

Há muito que a As­so­ci­ação de Agri­cul­tores do Dis­trito de Se­túbal, que reúne os pe­quenos agri­cul­tores da re­gião, tem a seu cargo a gestão e uti­li­zação do Centro de Se­cagem de Águas de Moura e de uma linha do Centro de Se­cagem de Al­cácer do Sal, ambos pro­pri­e­dade do Es­tado. Estes im­por­tantes equi­pa­mentos foram co­lo­cados ao ser­viço dos pe­quenos pro­du­tores de arroz na re­gião do Sado e, por con­sequência, da pró­pria pro­dução na­ci­onal. Este facto per­mitiu que na úl­tima dé­cada me­lho­rasse sig­ni­fi­ca­ti­va­mente o ren­di­mento dos pe­quenos agri­cul­tores, bem como as suas con­di­ções de vida e a sua ca­pa­ci­dade para con­ti­nuar pro­duzir.

O anúncio do Go­verno de que iria re­tirar a linha do se­cador de Al­cácer do Sal à as­so­ci­ação, en­tre­gando-a a grandes pro­pri­e­tá­rios, tra­duzir-se-ia, para o PCP, em «acres­cidas di­fi­cul­dades para os pe­quenos agri­cul­tores». Ao re­duzir-se a ca­pa­ci­dade da As­so­ci­ação dos Agri­cul­tores do Dis­trito de Se­túbal em apoiar os pe­quenos agri­cul­tores, estes se­riam obri­gados a re­correr aos se­ca­dores de grandes pro­pri­e­tá­rios, fi­cando assim re­féns das suas con­di­ções.