O Grupo Parlamentar do PCP teve conhecimento, através do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul), de que a Administração da Siderurgia Nacional (SN) comunicou a um trabalhador eleito para a Comissão de Trabalhadores (CT) que, pelo facto de utilizar as 25 horas a que tem direito para actividade da CT, deve sair da empresa.

O PCP considera inaceitável esta atitude «intimidatória, de pressão e de chantagem», e enquadra-a no clima de medo que a Administração da SN tem procurado criar no seio da empresa com o propósito de dissuadir os trabalhadores da luta pela defesa dos seus direitos, referindo que foram instaurados muitos processos disciplinares, «sem nenhum fundamento legal», a trabalhadores que resistem, aderem a greves ou se recusam a fazer trabalho suplementar. Os deputados comunistas eleitos por Setúbal solicitaram esclarecimentos ao Governo.

A Direcção da Organização Regional de Castelo Branco do PCP emitiu uma nota solidária com as trabalhadores da Carveste (Belmonte), que se viram confrontadas com a suspensão dos seus contratos e o encerramento da empresa. Na nota, o PCP afirma que acompanhou o processo desde sempre e que questionou o Governo em diversas ocasiões sobre a situação da empresa e das suas trabalhadoras, cuja «resistência extraordinária» destaca face a diversos episódios, como salários em atraso, pagamentos faseados e subsídios em falta.