Organizações Regionais

Um País a produzir e a lutar

Raul Lourenço

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Em ano de cen­te­nário do nas­ci­mento de Álvaro Cu­nhal e a três se­manas das elei­ções au­tár­quicas, a Festa enal­teceu vá­rias ver­tentes do le­gado do di­ri­gente co­mu­nista e afirmou que, com con­fi­ança na CDU, está nas mãos de todos der­rotar a po­lí­tica de di­reita, lutar por uma po­lí­tica e um go­verno pa­trió­ticos e de es­querda. Ao en­trar na Festa pela porta da Quinta da Prin­cesa, era «em de­fesa da pro­dução na­ci­onal» que o es­paço de Viana do Cas­telo se po­si­ci­o­nava, de­fen­dendo a «vi­a­bi­li­zação dos Es­ta­leiros Na­vais» com um enorme mural. Vá­rios pai­néis abor­davam as por­ta­gens na A28 ou o de­sin­ves­ti­mento na Linha do Minho, des­ta­cando ainda a luta da CDU no Alto Minho e actos evo­ca­tivos de Álvaro Cu­nhal, como o lan­ça­mento de «O Co­mu­nismo hoje e amanhã», nos 20 anos da con­fe­rência que, com esse tí­tulo, o mi­li­tante co­mu­nista deu em Ponte da Barca, ou o es­pec­tá­culo «Mú­sica com Pa­redes de Vidro».

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Des­cendo pela Ala­meda da Li­ber­dade, che­gava-se a Se­túbal. Ao longo de uma ex­tensa pa­rede, vá­rios pai­néis re­al­çavam a luta dos tra­ba­lha­dores no dis­trito, a con­fi­ança na CDU ou a ne­ces­si­dade de re­forçar o Par­tido. Estes tó­picos eram de­pois abor­dados com de­talhe num con­junto de ex­po­si­tores co­lo­cado a meio do es­paço. De­vi­da­mente in­for­mado, o vi­si­tante tinha muito por onde es­co­lher caso a fome aper­tasse ou se ce­desse à gula dos pe­tiscos. Pas­sando o palco, as tra­seiras exi­biam, a toda a lar­gura e de alto a baixo, um mural em de­fesa da Si­de­rurgia Na­ci­onal e, com isso, em de­fesa do apa­relho pro­du­tivo na­ci­onal.

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No outro lado da Praça da Paz surgia o Alen­tejo, mar­cado pelo «ne­ga­tivo», em re­levo e a branco, do de­senho de uma cam­po­nesa alen­te­jana re­a­li­zado por Álvaro Cu­nhal nos anos 50, quando es­tava preso na Pe­ni­ten­ciária de Lisboa. En­cai­xado na mesma mol­dura ver­melha, a re­pro­dução do de­senho a lápis podia-se ver, am­pliada, do in­te­rior de um es­paço muito ani­mado pelas ac­tu­a­ções de cante alen­te­jano e pela grande afluência de co­men­sais que não dis­pen­savam as es­pe­ci­a­li­dades gas­tro­nó­micas. Ao meio, um con­junto de dez ex­po­si­tores ho­me­na­geava Álvaro Cu­nhal, fa­zendo, em si­mul­tâneo, um his­to­rial da luta dos tra­ba­lha­dores e do povo alen­te­jano pela Re­forma Agrária, sempre com o PCP. Não fal­tavam ainda bancas com ar­te­sa­nato e ou­tros pro­dutos da re­gião, bem como pai­néis em que se re­al­çava o papel da CDU nas au­tar­quias, com es­pe­cial ên­fase na re­gião: «Com a CDU o Alen­tejo tem fu­turo!»

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Tendo a Praça da Paz como re­fe­rência, abaixo de Se­túbal fi­cava Lisboa, com o ver­melho do­mi­nante, o mo­tivo re­cor­rente das mãos e o lema «Está na tuas mãos» a mar­carem o es­paço. Per­cor­rendo poisos já tra­di­ci­o­nais como a Gin­jinha, a Feira da Ladra, o Sai Sempre ou o Só Frutas, per­cebia-se a abran­gência do apelo: nas mãos do povo está o apoio à CDU e ao seu tra­balho nas au­tar­quias, a der­rota das troikas ou al­cançar uma de­mo­cracia avan­çada. O Café Con­certo, ilus­trado em es­tilo «Ra­mona Parra» e onde apa­recia, rei­te­rada, a ci­tação de Álvaro Cu­nhal «Arte é li­ber­dade, é ima­gi­nação, é fan­tasia, é des­co­berta e é sonho», foi palco de uma sessão de so­li­da­ri­e­dade com o povo turco e de uma justa evo­cação de Ur­bano Ta­vares Ro­dri­gues.

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Mais abaixo, em San­tarém, um mural re­cor­dava que, na de­fesa dos di­reitos dos fer­ro­viá­rios, «a luta é o ca­minho!»; na pa­rede oposta, vi­rada para o Palco 25 de Abril, um outro mural fi­gu­rava uma mo­bi­li­zação de tra­ba­lha­dores e, numa faixa, podia ler-se «Marcha contra o De­sem­prego. Tra­balho com di­reitos». A pre­sidir a este es­paço con­cor­rido, com muita «ani­mação» gas­tro­nó­mica e do­çaria va­riada, também vi­rada para a ro­tunda, a frase «Com o PCP uma po­lí­tica e um go­verno pa­trió­ticos e de es­querda!».

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Cas­telo Branco e Guarda, também junto ao Palco 25 de Abril, no lado oposto da ave­nida, apre­sen­tava uma ex­tensa banca de pro­dutos re­gi­o­nais. Per­cor­rendo o pe­rí­metro do es­paço, en­con­travam-se vá­rios mu­rais alu­sivos à pai­sagem, às ocu­pa­ções tra­di­ci­o­nais (com uma ci­tação de «A Lã e a Neve», de Fer­reira de Castro), à luta dos tra­ba­lha­dores destes dois dis­tritos, bem como re­fe­rên­cias à «in­ter­venção, acção e luta do PCP» na re­gião e às elei­ções au­tár­quicas deste ano – com «con­fi­ança na CDU».

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Aveiro, es­paço mar­cado pelo cin­zento e ver­melho das pa­redes e pelo painel de azu­lejos aver­me­lhados que o anun­ciava no alto da torre (em alusão à arte tra­di­ci­onal da re­gião e em de­fesa da pro­dução na­ci­onal), fi­cava logo a se­guir. O tra­di­ci­onal Leitão da Bair­rada e a do­çaria re­gi­onal fa­ziam as de­lí­cias dos vi­si­tantes, e no cor­redor cen­tral podia ver-se as ex­po­si­ções «1943. Uni­dade da classe ope­rária contra o fas­cismo» (sobre a greve dos sa­pa­teiros de São João da Ma­deira) e «1973. Uni­dade dos de­mo­cratas contra a di­ta­dura» (sobre o 3.º Con­gresso da Opo­sição De­mo­crá­tica).

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Ao chegar a Leiria, de­pa­rava-se com a ani­mação do Bar Kakus e do Bar das Caldas. Entre ambos, a toda a volta da torre, pai­néis exi­biam fotos das muitas lutas dos tra­ba­lha­dores do dis­trito. No in­te­rior, des­ta­cava-se uma banca com pro­dutos de vidro (tra­dição na Ma­rinha Grande) e a re­pre­sen­tação da fuga do Forte de Pe­niche, re­cons­ti­tuída em peças de vidro pelo ar­tesão Ma­nuel Cra­veiro e à qual não fal­tavam «ba­lões de diá­logo» em cartão. No ex­te­rior, um mural, fi­gu­rando o povo em marcha com enormes ban­deiras ver­me­lhas, acom­pa­nhava todo o com­pri­mento da es­tru­tura, até à pa­rede tra­seira, onde se via um cravo ver­melho pin­tado junto à ins­crição «A luta é o ca­minho».

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Su­bindo para a Me­di­deira, um cartaz anun­ciava a vi­tela arou­quesa, ser­vida no Res­tau­rante «O Ma­lha­di­nhas», fi­cando assim feito o con­vite para se en­trar em Viseu. Por baixo de uma banca com pro­dutos da re­gião (va­ri­ados e ape­ti­tosos!), ape­lava-se ao re­forço do PCP e, um pouco mais ao lado, exigia-se de­sen­vol­vi­mento para o dis­trito. No lado oposto do es­paço, mar­cado pelo verde e pela de­co­ração en­ra­mada a negro (forma es­ti­li­zada de fi­gurar ma­ci­eiras e a ne­ces­si­dade de de­fender a maçã no dis­trito), Viseu afir­mava que era pre­ciso «dar mais força à CDU».

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Um pouco ao lado, na Ma­deira, so­bres­saía um mural fi­gu­ra­tivo do ca­ma­rada Álvaro Cu­nhal, com a frase «A de­mo­cracia es­ti­mula, mo­tiva e mo­bi­liza a ca­pa­ci­dade, a in­ter­venção, a von­tade e a de­cisão do in­di­víduo», de «O Par­tido com Pa­redes de Vidro». As tra­di­ci­o­nais es­pe­tadas, o bolo do caco ou a poncha ti­veram grande saída, com as longas filas para o pré-pa­ga­mento a terem como des­tino uma casa tí­pica de San­tana. Ao lado do Bar da Poncha e do ar­te­sa­nato, havia um es­paço de­di­cado ao «Tra­balho da CDU na RAM».

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Era curta a vi­agem da Ma­deira para Vila Real, onde se des­ta­cava um mural da Ponte Ro­mana de Chaves e se re­cor­dava a ne­ces­si­dade de, em terras trans­mon­tanas, «com­bater a de­ser­ti­fi­cação, a po­breza e o en­ve­lhe­ci­mento» ou de­fender «mais em­prego, mais saúde, mais apoio à agri­cul­tura». Junto ao pré-pa­ga­mento, es­tava dis­po­nível um pe­queno livro in­ti­tu­lado «Dois Co­mu­nistas Trans­mon­tanos: Bento Gon­çalves – Mi­litão Ri­beiro», no qual Sérgio Vi­la­ri­gues fala sobre a vida e a luta destes dois mi­li­tantes.

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Ca­mi­nhando na di­recção da Av. 1.º de Maio, en­con­trava-se o es­paço dos Açores, do­mi­nado por temas flo­rais da re­gião e, no topo, pela frase «Nos Açores, com o PCP, au­to­nomia, li­ber­dade, pro­gresso e jus­tiça so­cial». Numa banca la­teral havia pro­dutos tí­picos com far­tura, com es­pe­cial des­taque para os vá­rios queijos das ilhas.

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Para quem en­trava pela Me­di­deira, Braga era o pri­meiro es­paço das or­ga­ni­za­ções re­gi­o­nais, em cuja es­quina mais ele­vada se er­guia um mastro com uma ban­deira do PCP. Por baixo, numa longa banca, havia peças do ar­te­sa­nato da re­gião; uma outra era de­di­cada à sua rica do­çaria. Na zona das re­fei­ções, des­ta­cava-se, ao fundo, o palco com a ins­crição «1 por cento para a cul­tura», que contou com ani­ma­ções mu­si­cais e de­bates. En­ca­rando o palco, à es­querda fi­cava o res­tau­rante, de onde saíam muitas doses de Ba­ca­lhau à Braga; à di­reita, pai­néis sobre a luta de massas e a acção do PCP junto dos tra­ba­lha­dores da re­gião, o Hos­pital de Braga e a «Es­tátua da Ver­gonha!» ou a im­por­tância da CDU para o dis­trito.

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Des­cendo para o Palco 25 de Abril, ia-se de Braga ao Al­garve num ins­tante. Ao per­correr o es­paço, mar­cado por um im­po­nente mural à en­trada e que se dis­tin­guia pela pre­sença forte do ama­relo e das ins­cri­ções a ver­melho, en­con­trava-se as tra­di­ci­o­nais bancas de ar­te­sa­nato e da do­çaria, bem como a sempre con­cor­rida Ma­ris­queira, junto à qual se re­cor­dava a ne­ces­si­dade de «der­rubar o Go­verno e a po­lí­tica de di­reita» e de «in­ten­si­ficar a luta dos tra­ba­lha­dores», até porque, como bem se lem­brava em dois pai­néis in­for­ma­tivos, «dé­cadas de po­lí­tica de di­reita em­purra[ra]m re­gião para o de­sastre».

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Num outro ins­tante se ia do Al­garve a Bra­gança, onde o chei­rinho à Posta Mi­ran­desa, na brasa, abria o ape­tite – as longas filas eram prova disso! Ou­tros co­men­sais op­taram pela Vi­tela no pote ou pela tí­pica Alheira, numa zona em que se des­ta­cava um mural fi­gu­ra­tivo de Álvaro Cu­nhal junto a uma ci­tação de «A Arte, o Ar­tista e a So­ci­e­dade» e os sons dos gai­teiros de Bra­gança. Per­cor­rendo o es­paço, en­con­trava-se ainda a banca de ar­te­sa­nato e pro­dutos re­gi­o­nais e, nas pa­redes ex­te­ri­ores, apon­tavam-se as «prin­ci­pais li­nhas do pro­jecto au­tár­quico da CDU» para o dis­trito.

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Mesmo ao lado, Coimbra dei­xava bem claro que está em «luta por uma vida me­lhor». Junto ao res­tau­rante, de onde saíam a Chan­fana e o Porco no Es­peto, a zona das re­fei­ções, re­pleta de gente, re­cor­dava que «cul­tura é de­mo­cracia» e que «A água é de todos. Não pode ser um ne­gócio». Ali, im­pu­nham-se também grandes fotos das lutas dos tra­ba­lha­dores e do Par­tido no dis­trito, en­ci­madas por con­signas como «Com­bater as de­si­gual­dades!» ou «De­fender as fun­ções so­ciais do Es­tado!».

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O Porto im­pres­si­o­nava pelos belos mu­rais – com in­fluên­cias «Ra­mona Parra» – que po­vo­avam as suas pa­redes, em de­fesa da Cons­ti­tuição de Abril, da pro­dução na­ci­onal, dos di­reitos à edu­cação, à saúde e ao tra­balho. Ao longo do cor­redor de res­tau­rantes e bares do dis­trito, em que se lia frases como «Todos têm di­reito ao tra­balho» ou «Pro­teger e va­lo­rizar o pa­tri­mónio cul­tural», era ime­diata a ten­tação dos ro­jões, das fran­ce­si­nhas, das tripas (entre ou­tras igua­rias). Junto ao Bar de V.N. de Gaia, um mural de azu­lejos aludià Fá­brica das De­vesas e à exi­gência de de­fender a pro­dução re­gi­onal.

 



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