Álvaro Cunhal em destaque na Festa do Livro

Ler para transformar o Mundo

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Em ano de co­me­mo­ra­ções do cen­te­nário do nas­ci­mento de Álvaro Cu­nhal, era óbvio (mal seria se assim não fosse!) que a Festa do Livro des­ta­caria a obra po­lí­tica e li­te­rária da­quele que foi o prin­cipal cons­trutor do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês. Muitas das mesas da­quela que é, se­gu­ra­mente, uma das mai­ores feiras do livro do País, eram-lhe de­di­cadas: as suas «Obras Es­co­lhidas», que vão já no seu IV tomo; a sua obra po­lí­tica, da qual so­bres­saem com re­le­vância maior o «Rumo à Vi­tória», «A Re­vo­lução Por­tu­guesa – o Pas­sado e o Fu­turo», «A Ver­dade e a Men­tira na Re­vo­lução de Abril (A contra-re­vo­lução con­fessa-se)», «O Ra­di­ca­lismo Pe­queno-Bur­guês de Fa­chada So­ci­a­lista», «Acção Re­vo­lu­ci­o­nária, Ca­pi­tu­lação e Aven­tura» ou o re­la­tório po­lí­tico ao IV Con­gresso do PCP «O Ca­minho para o Der­ru­ba­mento do Fas­cismo»; a sua obra li­te­rária (sob o pseu­dó­nimo «Ma­nuel Tiago»), no­me­a­da­mente essa epo­peia da re­sis­tência clan­des­tina ao fas­cismo que é o «Até Amanhã, Ca­ma­radas» ou o no­tável tes­te­munho de hu­ma­ni­dade e so­li­da­ri­e­dade que cons­titui a no­vela «Cinco Dias, Cinco Noites».

Mas foi, por­ven­tura, a «Fo­to­bi­o­grafia» de Álvaro Cu­nhal a des­pertar maior cu­ri­o­si­dade entre os vi­si­tantes da Festa (foram tantos a comprá-la logo no pri­meiro dia...), pos­si­vel­mente por cons­ti­tuir ainda uma no­vi­dade, e cer­ta­mente por reunir nas suas mais de 200 pá­ginas um vasto con­junto de ima­gens – mais de 800 –, al­gumas das quais iné­ditas, re­tra­tando di­versos as­pectos da sua vida po­lí­tica e pes­soal. Na apre­sen­tação desta obra, re­a­li­zada ao final da tarde de sá­bado, com­pa­re­ceram largas de­zenas de pes­soas para ouvir o que dela, e da fas­ci­nante per­so­na­li­dade que evoca, ti­nham a dizer os mem­bros do Co­mité Cen­tral do PCP Ma­nuel Ro­dri­gues e Fran­cisco Melo (este úl­timo igual­mente di­rector das Edi­ções Avante!), e Sil­vestre La­cerda, di­rector dos Ar­quivos Na­ci­o­nais.

Nessa sessão ouviu-se Ma­nuel Ro­dri­gues des­tacar que a paixão re­vo­lu­ci­o­nária que per­passa por toda a vida de Álvaro Cu­nhal (e que a «Fo­to­bi­o­grafia» tão bem re­trata) é a ver­da­deira ex­pli­cação para o facto de uma obra como esta, «sendo tão com­plexa e di­fícil (como ini­ci­al­mente su­pú­nhamos), foi ao mesmo tempo tão fácil e ca­ti­vante (como agora cons­ta­tamos)». O di­ri­gente do PCP, par­ti­ci­pante ac­tivo na con­cepção e re­a­li­zação da «Fo­to­bi­o­grafia», re­alçou o es­forço feito para des­tacar todas as grandes di­men­sões da «per­so­na­li­dade fas­ci­nante» de Álvaro Cu­nhal e as grandes ver­tentes da sua mul­ti­fa­ce­tada in­ter­venção. Com a plena cons­ci­ência de que seria im­pos­sível verter num livro – por maior que fosse – «a to­ta­li­dade de uma vida tão in­ten­sa­mente vi­vida, sob a força pro­pul­sora de um ideal».

Im­por­tantes re­e­di­ções

Mas a «Fo­to­bi­o­grafia» não foi a única no­vi­dade edi­to­rial re­la­ci­o­nada com o cen­te­nário do nas­ci­mento de Álvaro Cu­nhal. Este ficou também mar­cado pelas re­e­di­ções de «A Luta de Classes em Por­tugal nos Fi­nais da Idade Média», edi­tado na co­lecção «Con­frontos» das Edi­ções Avante!; e de «Cinco Con­versas com Álvaro Cu­nhal», de Ca­ta­rina Pires, lan­çado agora com a chan­cela da Pá­gina a Pá­gina.

A sessão de lan­ça­mento deste úl­timo tí­tulo, que de­correu no do­mingo à tarde, contou com a pre­sença da au­tora, de Mar­ga­rida Bo­telho, da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral do PCP, e de Fran­cisco Melo, em re­pre­sen­tação da edi­tora. O livro, es­crito há cerca de 15 anos, re­sultou de «muitas horas de con­versa» entre Álvaro Cu­nhal e a então jor­na­lista es­ta­giária da re­vista DN Ma­ga­zine, de 24 anos – ou, nas pa­la­vras da pró­pria, da «grande lata» que teve ao pedir uma en­tre­vista a Álvaro Cu­nhal... Entre a pri­meira e a se­gunda edição, Ca­ta­rina Pires con­fessou uma enorme di­fe­rença de sen­ti­mentos. Se da pri­meira vez, «queria voltar atrás e fazer tudo de novo», desta vez não: as «Con­versas» são estas e não ou­tras!

Antes, já Mar­ga­rida Bo­telho tinha sa­li­en­tado a im­por­tância deste livro para der­rubar pre­con­ceitos sobre os co­mu­nistas e o seu pro­jecto e para com­provar aquele que é um dos as­pectos pre­sentes na co­me­mo­ração do cen­te­nário de Álvaro Cu­nhal: a ve­ri­fi­cação de que a vida deu e dá razão às pre­vi­sões feitas por Álvaro Cu­nhal, e pelo PCP, ao longo de anos, sobre a evo­lução do País e da União Eu­ro­peia – uma evo­lução que, nos seus traços ge­rais, se con­firma hoje no ele­vado nível de de­sem­prego e de ex­plo­ração. Mar­ga­rida Bo­telho va­lo­rizou ainda a forma como o livro está or­ga­ni­zado e as per­guntas «do senso comum» (ou «com os olhos da te­le­visão», como dizia o pró­prio Álvaro Cu­nhal) feitas por Ca­ta­rina Pires. Para a au­tora, que releu pela pri­meira vez o seu livro para esta re­e­dição, o re­sul­tado é uma es­pécie de «co­mu­nismo ex­pli­cado às cri­an­ci­nhas».

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A his­tória es­crita por quem a faz

A his­tória é uma das fer­ra­mentas es­sen­ciais para com­pre­ender o pre­sente e pers­pec­tivar o fu­turo. Não por acaso, é pre­ci­sa­mente no do­mínio da his­tória – ou me­lhor, da sua ma­ni­pu­lação pelos «pa­lhaços da es­crita» ao ser­viço do sis­tema do­mi­nante (como lhes chamou o es­critor Mo­desto Na­varro numa das ses­sões da Festa do Livro) – que se trava parte con­si­de­rável da luta ide­o­ló­gica contra o ideal co­mu­nista e contra a luta li­ber­ta­dora dos tra­ba­lha­dores e dos povos. Daí que li­vros como «A I Re­pú­blica e o Mo­vi­mento Ope­rário no Bar­reiro», de Ar­mando Sousa Tei­xeira, e «Obreiros da Nossa His­tória – Os Me­ta­lúr­gicos», de Vítor Ra­nita, sejam fun­da­men­tais para que a His­tória (com agá maiús­culo) seja a dos que fazem o Mundo avançar e não – como quase sempre su­cede – a dos ven­ce­dores, mesmo que tem­po­rá­rios. No pre­fácio do pri­meiro destes li­vros, a au­tora fala dos «his­to­ri­a­dores lo­cais» (mas o con­ceito podia ser alar­gado a au­tores como Vítor Ra­nita) como os «ope­rá­rios da his­tória dos de baixo».

É pre­ci­sa­mente esta his­tória que es­creve Ar­mando Sousa Tei­xeira, no seu quinto tra­balho sobre o Bar­reiro pu­bli­cado pelas Edi­ções Avante!, na qual traz no­va­mente para pri­meiro plano os ope­rá­rios bar­rei­renses, as suas lutas e as suas or­ga­ni­za­ções. Agos­tinho Lopes, a quem coube, jun­ta­mente com Mo­desto Na­varro, apre­sentar a obra, des­tacou al­gumas ques­tões po­lí­ticas que a per­passam, que con­si­derou de «grande im­por­tância para a luta ide­o­ló­gica»: a pro­funda cons­ci­ência de classe e a enorme co­ragem fí­sica e po­lí­tica dos tra­ba­lha­dores e, ao mesmo tempo, as con­sequên­cias ne­ga­tivas de uma acção «sem bús­sola», apo­lí­tica, que só a cri­ação do PCP em 1921 co­me­çaria a al­terar. Mo­desto Na­varro, por seu lado, sa­li­entou o «la­bo­rioso e ex­tra­or­di­nário tra­balho» de Ar­mando Sousa Tei­xeira e o que nos conta acerca do «papel dos ex­plo­rados e opri­midos» na cons­trução do Bar­reiro.

O autor, que ga­rantiu ter já outro tra­balho na calha (abar­cando o pe­ríodo com­pre­en­dido entre os anos 60 e o 25 de Abril), após lem­brar que a Re­pú­blica foi der­ro­tada pe­rante a «mais gé­lida in­di­fe­rença dos pró­prios re­pu­bli­canos», ga­rantiu que a His­tória não se re­pete, mas deixa im­por­tantes en­si­na­mentos.

A obra de Vítor Ra­nita, apre­sen­tada pelo an­tigo di­ri­gente da CGTP-IN José Er­nesto Car­taxo, é também um im­por­tante con­tri­buto para co­nhecer me­lhor a acção de­ter­mi­nante dos me­ta­lúr­gicos ao longo de dé­cadas, na con­quista de di­reitos e na pró­pria cri­ação das con­di­ções para a Re­vo­lução de Abril. O autor, va­lo­ri­zando o ca­rácter co­lec­tivo do seu livro, afirmou que a ideia de o es­crever surgiu após ter es­cu­tado um jovem in­ves­ti­gador re­alçar as «van­ta­gens» da FNAT sa­la­za­rista e adi­antou que o seu ob­jec­tivo é que ele faça re­flectir.

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Co­nhecer para agir

«Os Grupos Eco­nó­micos e o De­sen­vol­vi­mento em Por­tugal no Con­texto da Glo­ba­li­zação» é a tese de Dou­to­ra­mento de­fen­dida por Eu­génio Rosa no ISEG, pas­sada a livro pela Pá­gina a Pá­gina. Na apre­sen­tação, Fran­cisco Lopes, dos or­ga­nismos exe­cu­tivos do Co­mité Cen­tral do PCP, con­si­derou que a obra ocupa já um «lugar pró­prio e ci­meiro» no que diz res­peito ao es­tudo dos grandes grupos eco­nó­micos que do­minam os prin­ci­pais sec­tores da eco­nomia na­ci­onal e que têm pe­sadas res­pon­sa­bi­li­dades na ac­tual si­tu­ação eco­nó­mica e so­cial do País e na pró­pria de­gra­dação do re­gime de­mo­crá­tico.

Para o di­ri­gente do PCP, uma con­clusão se tira, desde logo, ao ler-se este livro: a da im­pos­si­bi­li­dade de de­sen­volver o País sem eli­minar o poder que os grupos eco­nó­micos detêm sobre a po­lí­tica e a eco­nomia na­ci­o­nais. A tese de Eu­génio Rosa, con­cluiu Fran­cisco Lopes, para além de ser «fun­da­mental para a com­pre­ensão da re­a­li­dade por­tu­guesa», dá força à pro­posta po­lí­tica do PCP de romper com a po­lí­tica de di­reita e em­pre­ender a cons­trução de uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, da de­mo­cracia avan­çada e do so­ci­a­lismo.

Eu­génio Rosa, por seu lado, con­fi­den­ciou que a ideia de ela­borar esta dis­ser­tação nasceu da cons­ta­tação de que pouco ou nada havia pro­du­zido sobre os grandes grupos eco­nó­micos e a sua in­fluência na eco­nomia, ou seja, como uma forma de pre­en­cher uma la­cuna. E, também, de re­bater muitos mitos exis­tentes sobre as «van­ta­gens» dos grupos eco­nó­micos e a «ine­fi­cácia» do Es­tado. Com a sua in­ves­ti­gação, o autor con­cluiu do do­mínio pre­pon­de­rante dos grandes grupos eco­nó­micos sobre pra­ti­ca­mente todos os seg­mentos de mer­cado e o pre­do­mínio do ca­pital es­tran­geiro sobre a mai­oria dos grupos, que de por­tu­gueses têm apenas o nome.

A se­guir, foi a vez da apre­sen­tação de duas obras de An­tónio Avelãs Nunes: «O Es­tado Ca­pi­ta­lista e as Suas Más­caras» e «A Crise do Ca­pi­ta­lismo: Ca­pi­ta­lismo, Ne­o­li­be­ra­lismo, Glo­ba­li­zação», apre­sen­tados por José Lou­renço e Gui­lherme da Fon­seca-Statter, res­pec­ti­va­mente. O autor, pro­fessor uni­ver­si­tário ju­bi­lado, lem­brou que o ca­pi­ta­lismo, en­quanto sis­tema de classe, pre­cisa de um apa­relho de poder, o Es­tado ca­pi­ta­lista, que tem vindo a mudar ao longo dos anos – li­beral, fas­cista, so­cial, re­gu­lador... –, sem perder a sua es­sência. Da mesma forma que o Es­tado, também o mer­cado é uma ins­ti­tuição po­lí­tica e não, como muitas vezes dizem os de­fen­sores do ca­pi­ta­lismo, algo que se rege por leis na­tu­rais, como as leis da Fí­sica. «Hoje, mesmo quem não é mar­xista, tem di­fi­cul­dade em de­fender que o Es­tado não é um Es­tado de classe», afirmou Avelãs Nunes.




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