Muitas cen­tenas de ac­ti­vistas e sim­pa­ti­zantes da CDU in­te­graram a ar­ruada que esta se­gunda-feira desceu a Mo­rais So­ares numa onda de cor e mo­vi­mento que à pas­sagem não deixou nin­guém in­di­fe­rente.

Com a secção de me­tais da Cha­ranga Huga do Ro­sário a abrir ca­minho, tendo na frente Je­ró­nimo de Sousa e o ca­beça de lista à au­tar­quia da ca­pital João Fer­reira, en­qua­drados por ou­tros can­di­datos, esta acção de rua teve grande im­pacto e um forte aco­lhi­mento po­pular.

Foram fre­quentes as ex­pres­sões de sim­patia, com pa­la­vras de es­tí­mulo e apoio di­ri­gidas ao Se­cre­tário-geral do PCP por quantos se abei­raram à porta dos es­ta­be­le­ci­mentos co­mer­ciais, as­so­maram a va­randas e ja­nelas ou se cru­zaram com aquele caudal de gente que veio a de­sa­guar na Praça do Chile.

Votos de «boa sorte», ex­pres­sões do tipo «ganhe para que ganhe o povo», «pode contar com o meu voto», di­ri­gidas ao di­ri­gente co­mu­nista, ou­viram-se ao longo do per­curso em plena hora de ponta, acom­pa­nhadas de muitos beijos, abraços e apertos de mão.

Foi a adesão ca­lo­rosa e es­pon­tânea de quantos se re­vêem e sabem ter na CDU um es­teio de co­e­rência e ver­dade, que sabem ser esta a única força por­ta­dora de um pro­jecto do­tado de va­lores e prin­cí­pios que dá ga­ran­tias de de­fesa dos in­te­resses da po­pu­lação e da ci­dade.

No fundo, sabem que a CDU é «di­fe­rente das ou­tras forças que são todas iguais», como sa­li­entou no final João Fer­reira numa in­ter­venção muito sau­dada em que afirmou que o «re­co­nhe­ci­mento dessa di­fe­rença» – ver­da­deira ma­triz da Co­li­gação – está hoje muito pre­sente no am­bi­ente que se vive por toda a ci­dade.

Di­fe­rença que ra­dica no seu co­nhe­ci­mento da re­a­li­dade e na sua pro­funda li­gação à po­pu­lação, no valor do seu «tra­balho dis­tin­tivo», que «fala por si», e por isso o am­bi­ente de con­fi­ança de que a CDU «vai cum­prir os ob­jec­tivos».

Afir­mação de con­fi­ança ple­na­mente as­su­mida por João Fer­reira, que ga­rantiu estar a CDU «pre­pa­rada para as­sumir todas as res­pon­sa­bi­li­dades que os lis­bo­etas lhe queiram atri­buir». Acre­di­tando que com o re­forço da CDU quem fica a ga­nhar é a po­pu­lação, é a pos­si­bi­li­dade real de abrir «ca­minho para a mu­dança», cons­truir uma «Lisboa para todos».

Ao en­tu­si­asmo, energia e dis­po­ni­bi­li­dade re­ve­lados nesta mag­ní­fica ini­ci­a­tiva atri­buiu também Je­ró­nimo de Sousa um «sig­ni­fi­cado pró­prio». É que num tempo de per­ma­nente «con­vite à re­sig­nação, à des­crença e ao de­sâ­nimo», uma tal acção de rua, pela sua «di­mensão e com­po­sição», sus­tentou, só pode ser si­nó­nimo de que «vamos para a ba­talha com a con­fi­ança de al­cançar os ob­jec­tivos».