O Governo e as avaliações da troika

Vender ilusões

«Cres­ci­mento do de­sem­prego, em­po­bre­ci­mento ace­le­rado, mais aus­te­ri­dade». Eis, em sín­tese, o que os por­tu­gueses podem es­perar do Go­verno, de acordo com as mais re­centes ava­li­a­ções da troika.

A lei­tura é do de­pu­tado co­mu­nista Paulo Sá, que re­agia assim, faz hoje oito dias, à con­fe­rência de im­prensa onde o vice-pri­meiro-mi­nistro e a mi­nistra das Fi­nanças deram a co­nhecer o re­sul­tado do «exame» da troika.

Para Paulo Sá o que o se passou no en­contro com os jor­na­listas foi «vender ilu­sões de uma su­posta re­cu­pe­ração eco­nó­mica (já aliás anun­ciada no pas­sado por di­versas vezes), que é logo des­men­tida pelos pró­prios nú­meros do Go­verno quando este afirma que o de­sem­prego vai crescer no pró­ximo ano, assim como a dí­vida pú­blica».

Das pa­la­vras de Paulo Portas e Maria Luís Al­bu­querque ficou igual­mente claro que a «pri­o­ri­dade do Go­verno é manter o fi­nan­ci­a­mento e o apoio aos bancos», tal como é «manter todas as me­didas de aus­te­ri­dade em vigor, além das que anun­ciou em Maio e que re­pre­sen­tarão por si só mais um in­su­por­tável sa­cri­fício para os por­tu­gueses». «É o maior des­pe­di­mento co­lec­tivo de sempre na função pú­blica, nos ser­viços de edu­cação, saúde, se­gu­rança so­cial, além dos cortes nas pen­sões», su­ma­riou Paulo Sá, con­victo de que o Go­verno está apos­tado em manter «o mesmo rumo que vem tra­çando há dois anos e que tem afun­dado o País».



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