Comemorações diversificadas

As co­me­mo­ra­ções do cen­te­nário do nas­ci­mento de Álvaro Cu­nhal vão muito para além das ini­ci­a­tivas do PCP. A Bi­bli­o­teca Na­ci­onal tem pa­tente na Sala de Re­fe­rência, até 31 de De­zembro, a ex­po­sição «Álvaro Cu­nhal (1913-2005): a pena, o pincel, o punho». Trata-se de uma mostra bi­bli­o­grá­fica e do­cu­mental sobre a obra do po­lí­tico, do es­critor e do ar­tista, «per­so­na­li­dade mar­cante do séc. XX por­tu­guês». No sítio de In­ternet da Bi­bli­o­teca, conta-se que a ex­po­sição re­leva «duas di­men­sões, a li­te­rária e a ar­tís­tica», da ac­ti­vi­dade de Álvaro Cu­nhal.

Também o Ar­quivo Na­ci­onal da Torre do Tombo inau­gurou, no dia 4, uma ex­po­sição in­ti­tu­lada «His­tória de um gordo chinês que es­tava de bar­riga para o ar», nome de um conto in­fantil cuja au­toria é atri­buída a Álvaro Cu­nhal, cujo ori­ginal foi en­con­trado no pro­cesso ju­di­cial re­fe­rente à sua se­gunda prisão, em 1940. A mostra in­cide nas três pri­meiras dé­cadas de ac­ti­vi­dade po­lí­tica de Álvaro Cu­nhal, ao mesmo tempo que di­vulga al­guns dos seus pri­meiros textos. A Torre do Tombo exibe os vo­lumes re­la­tivos aos três pro­cessos ju­di­ciais e da PIDE re­fe­rentes às três pri­sões de Álvaro Cu­nhal – 1937,1940 e 1949 –, ter­mi­nando com al­guns ma­te­riais re­la­tivos à his­tó­rica Fuga de Pe­niche de 1960: a agenda de Sa­lazar, com a ano­tação da fuga; o co­mu­ni­cado clan­des­tino do PCP «Em Li­ber­dade», de 3 de Ja­neiro; e a carta do guarda da GNR, José Alves, que as­sumia pe­rante os seus ca­ma­radas de força pa­ra­mi­litar as ra­zões da fuga.

Também a Bi­bli­o­teca Museu Re­pú­blica e Re­sis­tência teve um pro­grama de co­me­mo­ra­ções do cen­te­nário – com pa­les­tras, ex­po­si­ções e a apre­sen­tação da Fo­to­bi­o­grafia –, tal como a Bi­bli­o­teca Mu­ni­cipal de Vou­zela. Estes são apenas al­guns exem­plos do muito que está a ser feito, um pouco por todo o País, para as­si­nalar o cen­te­nário do nas­ci­mento de Álvaro Cu­nhal. 




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