«Grandes» coligações dominam
Os militantes do Partido Social-Democrata alemão (SPD) aprovaram em referendo interno o projecto de governo de coligação com os conservadores, abrindo caminho à reeleição de Angela Merkel para um terceiro mandato como chanceler da Alemanha.
A direcção do SPD anunciou, dia 14, uma vitória do «sim» com quase 76 por cento dos votos, pondo fim a semanas de negociações para a formação do novo governo.
Do acordo fazem parte o estabelecimento de um salário mínimo nacional de 8,5 euros/hora e o aumento da idade da reforma para os 67 anos, entre outras medidas.
Também na Áustria, sociais-democratas e conservadores anunciaram, dia 12, ter chegado a acordo para formar governo, após dez semanas de laboriosas negociações.
O programa de governo prevê a eliminação total do défice público, o que implica cortes nas despesas e aumentos de impostos no montante de 18 mil milhões de euros nos próximos cinco anos. O futuro governo irá igualmente subir a idade da reforma e permitir a entrada de capital privado em várias empresas públicas.
Por último, na República Checa, os sociais-democratas (CSSD) anunciaram, dia 13, um acordo com a Acção de Cidadãos Descontentes (ANO) e os democratas-cristãos (KDU- CSL).
Entre os pontos do programa de governo figura um aumento do salário mínimo e das pensões de reforma.
A futura coligação pretende ainda baixar o IVA em certos bens de consumo, designadamente medicamentos e livros.
Por outro lado, para manter o défice público abaixo dos três por cento, o próximo governo, que será dirigido pelo social-democrata Bohuslav Sobotka, deverá aumentar outros impostos e efectuar cortes na despesa.