JCP prepara o seu 10.º Congresso

Avante com Abril!

A Di­recção Na­ci­onal da JCP es­teve reu­nida nos dias 11 e 12 de Ja­neiro, no Centro de Tra­balho Vi­tória, onde dis­cutiu e aprovou a Pro­posta de Re­so­lução Po­lí­tica do 10.º Con­gresso da JCP, que se re­a­liza nos dias 5 e 6 de Abril, na Fa­cul­dade de Me­di­cina Den­tária, em Lisboa.

O ano que agora co­meça será ainda pior

Este do­cu­mento – que inicia a ter­ceira fase pre­pa­ra­tória do Con­gresso e que agora será dis­cu­tido nos co­lec­tivos e nou­tras ini­ci­a­tivas pro­mo­vidas pela JCP – pre­tende en­volver todos os mi­li­tantes, assim como muitos ou­tros jo­vens que queiram par­ti­cipar na dis­cussão.

Em co­mu­ni­cado, a Di­recção Na­ci­onal (DN) da JCP su­blinha a «im­por­tância do en­vol­vi­mento de todos os mi­li­tantes nesta der­ra­deira fase de cons­trução do 10.º Con­gresso» e apela «a um ex­tra­or­di­nário em­penho no sen­tido da or­ga­ni­zação cum­prir os ob­jec­tivos a que se propôs no plano po­lí­tico, na di­nâ­mica de luta e mo­bi­li­zação ju­venis, no re­cru­ta­mento de novos mi­li­tantes e na re­colha fi­nan­ceira». «A emissão e en­trega de um novo cartão para todos os mi­li­tantes re­vela-se como uma grande opor­tu­ni­dade para o con­tacto ge­ne­ra­li­zado com toda a or­ga­ni­zação», re­força a DN da JCP.

Na reu­nião, os jo­vens co­mu­nistas ana­li­saram ainda a gra­vís­sima si­tu­ação que a ju­ven­tude por­tu­guesa atra­vessa, de­cor­rente de 38 anos de po­lí­tica de di­reita e, em par­ti­cular, os úl­timos dois anos e meios que cor­res­pondem à apli­cação do pacto de agressão que PS, PSD e CDS subs­cre­veram com o FMI, o BCE e a CE.

«A des­truição da edu­cação pú­blica, através da sua pri­va­ti­zação e eli­ti­zação, o de­sem­prego mas­sivo e a ge­ne­ra­li­zação até à quase to­ta­li­dade dos jo­vens tra­ba­lha­dores da pre­ca­ri­e­dade, o au­mento brutal do custo de vida, a emi­gração for­çada de mi­lhares de jo­vens todos os meses, a des­truição do acesso e fruição à cul­tura e des­porto são tudo marca deste Go­verno PSD/​CDS e da sua go­ver­nação», acusa a JCP, fri­sando que com a apro­vação do Or­ça­mento do Es­tado para 2014, «o Go­verno e o Pre­si­dente da Re­pú­blica di­taram que o ano que agora co­meça será ainda pior».

Con­fi­ança na ju­ven­tude

A DN da JCP de­bateu e traçou ainda as li­nhas de ori­en­tação para a con­ti­nui­dade da luta de todos os dias da ju­ven­tude por­tu­guesa nas es­colas e nos lo­cais de tra­balho. Neste sen­tido, su­bli­nhou a im­por­tância es­tra­té­gica que este ano as­sumem as co­me­mo­ra­ções do 24 e 28 de Março, Dia do Es­tu­dante e da Ju­ven­tude, res­pec­ti­va­mente, e re­a­firmou a «con­fi­ança» de que «estas cons­ti­tuirão um con­tri­buto de­ci­sivo para der­rotar esta po­lí­tica e de­mitir este Go­verno, para que se re­a­lizem elei­ções le­gis­la­tivas e o poder seja dado ao povo para es­co­lher o ca­minho que quer para si e para Por­tugal».

Em Lisboa foi ainda de­ci­dido o en­vol­vi­mento de toda a or­ga­ni­zação da JCP nas co­me­mo­ra­ções dos 40 anos do 25 de Abril, «par­ti­ci­pando nas ini­ci­a­tivas po­pu­lares e di­na­mi­zando ou­tras, in­ter­vindo para que se apro­funde o co­nhe­ci­mento das con­quistas ocor­ridas, do papel da luta do povo e da ju­ven­tude por­tu­guesa e, assim, se pro­jecte a ac­tu­a­li­dade dos va­lores de Abril no pre­sente e fu­turo de Por­tugal». Neste âm­bito, os jo­vens co­mu­nistas de­ci­diram in­te­grar a pla­ta­forma «40.25», jun­tando-se a ou­tras or­ga­ni­za­ções ju­venis que estão na di­na­mi­zação das co­me­mo­ra­ções do 40.º ani­ver­sário da Re­vo­lução de Abril. De todas as ac­ti­vi­dades a re­a­lizar no âm­bito desta pla­ta­forma des­taca-se a re­a­li­zação da 5.ª edição do Acam­pa­mento da Paz, a re­a­lizar no Verão.

 
 

Der­rotar a po­lí­tica de di­reita

Na «agenda» para este ano dos jo­vens co­mu­nistas consta ainda a par­ti­ci­pação e em­pe­nha­mento de todo o co­lec­tivo nas elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu (PE), que têm lugar a 25 de Maio, «dando mais força à CDU e ao com­bate contra a po­lí­tica de di­reita, quer em Por­tugal, quer no quadro do PE».

2014 é ainda o ano em que a JCP as­si­nala os seus 35 anos, as­pecto que cer­ta­mente mar­cará parte da ini­ci­a­tiva po­lí­tica e que terá re­flexo na 38.ª edição da Festa do Avante, nos dias 5, 6 e 7 de Se­tembro.

Pa­ra­le­la­mente, dando se­gui­mento ao tra­balho de­sen­vol­vido no plano in­ter­na­ci­onal, será in­ten­si­fi­cado o tra­balho dos jo­vens co­mu­nistas de so­li­da­ri­e­dade in­ter­na­ci­onal, com vista ao apro­fun­da­mento dos seus laços com as or­ga­ni­za­ções pro­gres­sistas que, no quadro dos seus Co­mités Na­ci­o­nais Pre­pa­ra­tó­rios, deram um im­por­tante con­tri­buto para o êxito do 18.º Fes­tival Mun­dial da Ju­ven­tude e dos Es­tu­dantes, re­a­li­zado em Quito (Equador), em De­zembro de 2013, assim como ao re­forço do FMJD e do seu papel de pólo anti-im­pe­ri­a­lista, um dos as­pectos cen­trais da luta que os jo­vens do mundo travam.

Este será por­tanto, as­se­gura a JCP, um ano de «grande in­ten­si­dade e exi­gência para todos os que lutam contra a po­lí­tica de di­reita». «En­frentar todos os de­sa­fios que se co­locam à ju­ven­tude e ao povo por­tu­guês exi­girá de­ter­mi­nação e co­ragem, mi­li­tância e ab­ne­gação. Porém, na ba­talha que temos pela frente temos a cer­teza que o êxito do 10.º Con­gresso da JCP e o de­sen­vol­vi­mento da luta da ju­ven­tude serão de­ci­sivos con­tri­butos para tirar Por­tugal da mi­séria, romper com as in­jus­tiças e as de­si­gual­dades, e abrir ca­minho para a al­ter­na­tiva que o povo e o País pre­cisam: um Por­tugal de di­reitos e re­a­li­zação in­di­vi­dual e co­lec­tiva, com os va­lores de Abril no seu pre­sente e fu­turo».




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