Medicamentos para doenças raras

Melhorar acesso

Urge me­lhorar a aces­si­bi­li­dade dos do­entes com do­enças raras aos res­pec­tivos me­di­ca­mentos. Das di­fi­cul­dades ac­tuais que se co­locam aos por­ta­dores é exemplo o caso dos por­ta­dores de ic­tiose, do­ença sem cura mas cujos tra­ta­mentos (es­sen­ci­al­mente cremes, lo­ções e po­madas) podem ajudar ao seu con­trolo e ali­viar os seus sin­tomas. Su­cede porém que os ele­vados custos destes me­di­ca­mentos di­fi­cultam ou im­pedem muitos do­entes de a eles aceder, como re­feriu a de­pu­tada co­mu­nista Paula Santos em re­cente de­bate em torno de di­plomas do PEV, BE e CDS-PP sobre o re­gime de com­par­ti­ci­pação de me­di­ca­mentos des­ti­nados a por­ta­dores de do­enças raras, entre eles a ic­tiose.

Para agravar a si­tu­ação deste úl­timo grupo de do­entes su­cede que muitos deles têm di­fi­cul­dade de ar­ranjar em­prego, de terem uma «con­vi­vência so­cial sau­dável», aca­bando al­guns por se isolar.

En­ten­dendo que os pro­jectos (que en­tre­tanto estão em co­missão para onde bai­xaram sem vo­tação) vão no sen­tido de me­lhorar a aces­si­bi­li­dade dos do­entes aos me­di­ca­mentos, Paula Santos ex­pressou a dis­po­ni­bi­li­dade total da sua ban­cada para dar o seu con­tri­buto neste pro­cesso le­gis­la­tivo.

A de­pu­tada co­mu­nista não deixou ainda de se re­ferir à si­tu­ação de todos aqueles com do­enças cró­nicas e do­enças raras, também eles com di­fi­cul­dades no acesso aos me­di­ca­mentos por falta de uma res­posta ade­quada dos su­ces­sivos go­vernos.

E por isso de­fendeu a ne­ces­si­dade de haver um «so­lução global, abran­gente, in­te­gra­dora», por forma a que seja ga­ran­tida a todos os que pa­decem de tais pa­to­lo­gias a aces­si­bi­li­dade aos me­di­ca­mentos e tra­ta­mentos.

 



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