Em defesa do montado
Estão em comissão, para onde baixaram por 30 dias para nova apreciação, os diplomas apresentados pelo PCP, BE, PS e PSD relativos à defesa do montado (sobreiro e azinheira) e à valorização da fileira da cortiça.
Esta é uma matéria em torno da qual há um generalizado consenso, havendo de forma clara o reconhecimento sobre a importância deste sector, que pode ser visto até como «sistema alternativo a uma agricultura intensiva, de regadio, capaz de permitir a fixação de pessoas em terrenos mais pobres», como assinalou o deputado comunista João Ramos.
Há aliás desde 2007 uma resolução da Assembleia da República, aprovada por unanimidade, onde consta um conjunto de recomendações que vai de encontro ao essencial dos problemas do sector.
A questão está sobretudo no facto de essas recomendações não terem passado do papel, anotou o parlamentar comunista, lembrando que o montado de sobro e azinho continua com graves problemas, as respectivas áreas estão a regredir enquanto algumas espécies exóticas (eucalipto, por exemplo) estão em expansão.
Criticado por João Ramos foi ainda o novo decreto sobre florestação e reflorestação por «tratar de igual modo tanto o sobro e o azinho como o eucalipto».