Protesto na Galiza
Milhares de estudantes universitários e do secundário manifestaram-se em mais de 20 localidades da Galiza contra os cortes na Educação e a nova lei orgânica.
Jovens galegos contra reforma educativa
As manifestações e concentrações realizadas dia 20, em toda a Galiza, foram convocadas pelas organizações juvenis Comités, Liga Estudantil e Agir, para contestar a Lei Orgânica para a Melhoria da Qualidade Educativa, também conhecida pela sigla LOMCE ou pelo nome do seu principal promotor, o ministro da Educação e Desportos, José Ignacio Wert.
As acções, que decorreram num dia de greve de estudantes, tiveram o apoio da Plataforma Galega do Ensino Público, do Bloco Nacionalista Galego (BNG) e da ANOVA (formação nacionalista criada em 2012 a partir de uma cisão do BNG).
Segundo os organizadores, a greve estudantil teve uma adesão média de 75 por cento nos diferentes estabelecimentos de ensino, registando os maiores impactos nos centros urbanos.
No cerne das reivindicações estão os cortes no financiamento público do ensino, a subida das propinas e a diminuição ou eliminação das bolsas de estudo.
Nas ruas de mais de duas dezenas de localidades, os estudantes gritaram palavras de ordem como «Feijóo escuta, a educação está em luta», um alerta lançado ao actual presidente da Junta da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, ou ainda «Público é serviço, privado é lucro» e «Queremos estudar e não emigrar».
Apesar da chuva que caiu em várias cidades, os jovens mantiveram os protestos, mostrando-se determinados a resistir à aplicação da lei LOMCE, aprovada em Novembro último, malgrado a oposição da generalidade dos partidos da oposição, designadamente do PSOE que promete revogar a lei numa próxima legislatura.
A jornada levou ao encerramento de alguns estabelecimentos, como foi o caso da Faculdade de Belas Artes de Vigo, cujos estudantes se juntaram às manifestações.
Em Vigo e Santiago houve confrontos entre grupos isolados e a polícia, acções que foram repudiadas pelas organizações de estudantes.