Repressão redobrada na Turquia

O pri­meiro-mi­nistro turco ga­rante que não vai per­mitir que a ma­ni­fes­tação do 1.º de Maio ter­mine na Praça Taksim, no centro de Is­tambul. Recep Er­dogan con­si­dera que «aqueles que ali in­sis­tirem em ce­le­brar o Dia do Tra­ba­lhador es­tarão a dizer: es­tamos prontos para os con­frontos». A proi­bição foi, en­tre­tanto, re­jei­tada pelo mo­vi­mento sin­dical, que à se­me­lhança de anos an­te­ri­ores con­vocou os tra­ba­lha­dores e o povo para uma jor­nada de pro­testo com con­clusão na em­ble­má­tica praça.

Em 1977, 34 tra­ba­lha­dores foram as­sas­si­nados e mi­lhares fi­caram fe­ridos em re­sul­tado da re­pressão en­ce­tada pela ex­trema-di­reita, pelos ser­viços se­cretos e a po­lícia de choque. Desde então, a co­me­mo­ração do 1.º de Maio na Praça Taksim as­sume re­do­brado sim­bo­lismo.

No início da se­mana pas­sada, mem­bros da co­missão pro­mo­tora do Dia do Tra­ba­lhador foram im­pe­didos pela po­lícia, que re­correu a gás la­cri­mo­géneo, de re­a­li­zarem uma ini­ci­a­tiva de di­vul­gação pú­blica da acção de luta.

Igual­mente a si­na­lizar que o poder re­dobra a re­pressão na Tur­quia, o pre­si­dente, Ab­dullah Gül, pro­mulgou, sexta-feira, 25, a le­gis­lação que con­fere novas e mais fa­cul­dades aos ser­viços se­cretos, in­cluindo no que toca à re­a­li­zação de es­cutas e à re­colha de in­for­ma­ções, e cri­mi­na­liza com maior se­ve­ri­dade a de­núncia pú­blica de dados con­si­de­rados sen­sí­veis para a se­gu­rança na­ci­onal e a au­to­ri­dade do Es­tado.




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